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Comportamento

Câncer tirou de baiano o que mais ama: levar sabor de MS pro Brasil

Servidor da Fundação de Turismo há mais de 20 anos é famoso por levar culinária de Mato Grosso do Sul à feiras por todo Brasil

Lucas Mamédio | 29/09/2020 08:00
Antônio em uam das feiras pelo Brasil (Foto: Arquivo Pessoal)
Antônio em uam das feiras pelo Brasil (Foto: Arquivo Pessoal)

De coração apertado, Antônio Correia da Silva, conhecido como Baiano, está há mais de um ano em casa, se recuperando de um câncer na medula óssea. Servidor há mais de 20 anos da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul e conhecido por todos, Baiano está sentindo falta do que mais amava na profissão: levar o nome do Estado para o Brasil por meio de seu talento na cozinha.

Baiano é uma figura muito, muito popular, quase um folclore dentro do quadro de servidores estaduais. Seu apelido não é atoa; natural de Mata do São João, mais conhecida como Costa do Sauipe, o funcionário público veio para Mato Grosso do Sul em 1975.

Seu prato mais tradicional é p caldo de piranha (Foto: Arquivo Pessoal)
Seu prato mais tradicional é p caldo de piranha (Foto: Arquivo Pessoal)

Em 1983 montou um bar, o Recanto do Baiano, que permaneceu por quase uma década no centro de Campo Grande. “O bar foi um sucesso, eu recebia muita gente, e cozinhava coisas que os campo-grandenses não estavam acostumados, como o caldo de piranha”.

Caldo de piranha é e sempre foi o prato mais “estrelado” de baiano, que o faz há 37 anos. Ele conta que reinventou o caldo aqui no estado. “Eu introduzi a utilização do liquidificador no caldo, o que transformou ele totalmente e na época ninguém trabalhava o caldo de piranha como gastronomia de algum estado específico”.

Depois de fechar o bar e trabalhar em outros lugares por pouco tempo, em 1997 Baiano assumiu o concurso na Fundação. E aí começa uma história extensa de um baiano que ajuda mostrar as belezas de Mato Grosso do Sul pra outros estados.

Baiano luta contra um câncer na medula há mais de um ano (Foto: Arquivo Pessoal)
Baiano luta contra um câncer na medula há mais de um ano (Foto: Arquivo Pessoal)

Por conta de seu talento na cozinha, Baiano virou um “instrumento” da Fundação em feiras pelo país para falar sobre gastronomia. “Um empresário ou alguma instituição interessada pode me solicitar na Fundação, que arca com viagem e estadia e eu posso cozinhar nas feiras”.

O servidor já conheceu 22 capitais e dezenas de cidades. Ele lembra sobre a curiosidade que o seu apelido gera durante as degustações. “O fato de ter um chef de cozinha com o apelido de Baiano no estande de MS sempre gera brincadeiras, que na realidade vira show e felicidades. O importante é que com o nosso trabalho, eu tive o privilégio de conhecer muitas cidades e ainda divulgar a nossa cultura gastronômica”.

Sobre a luta contra o câncer, Baiano está otimista de que logo mais deve voltar a cozinhar para todo o Brasil, em nome de Mato Grosso do Sul, seu estado do coração. “Quando a gente não faz o que ama, fica agoniado, mas tenho certeza que vou voltar em breve, ano que vem já devo estar fazendo o que mais amo: cozinhar”.

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