Com os filhos do lado, professoras incentivam mães a levarem bebês para aula
Seja na prática do pilates ou treinando pole dance, as crianças podem participar e ainda melhorar o desenvolvimento motor
Só quem é mãe sabe a dificuldade de sair de casa e deixar os filhos. Algumas até desistem de fazer o que gostam por medo das crianças ficarem sozinhas. Contudo, em Campo Grande, duas professoras estão incentivando as mulheres levaram os filhos durante as aulas de pilates e de pole dance. Desta forma, aprendem sem se preocupar e ainda conseguem dar aquela escapadinha para ver se está tudo bem.
“Sempre achei importante à ligação da mãe com o filho, é essencial, pois ao mesmo tempo que, eles precisam da gente, queremos tê-los por perto. Cada dia é uma descoberta e precisam tanto do nossos cuidados, é trabalhoso, mas também gostoso por estarmos juntos”, afirma Franciely Vianna.
Aos 33 anos, ela é educadora física e dá aula de Pilates desde 2013. Descobriu no método a forma para entrar em sintonia com o corpo. Teve estúdio em sociedade com uma amiga, porém logo engravidou e durante um período precisou entrar de licença. “Na hora de retornar ao trabalho, não quis deixar minha filha em casa”, lembra.
E foi então que em março de 2019, ela passou a levar a pequena Maria Clara, de 1 ano e dois meses, para dar aula. Percebendo a aceitação dos alunos, incentivou que as mães também levassem seus filhos para participar do aprendizado. “Peço para trazer nas aulas, pois o pilates também ajuda no desenvolvimento motor, é o incentivo a atividade física, diferentes estímulos da motricidade e o mais importante de todos, estar perto da sua mãe", destaca.
A Maria Clara já virou aluna fiel do salão Fran Vianna Studio de Pilates, que fica na Vila Margarida. Ela usa roupa de ginástica e até aprendeu a brincar com as bolas e usa alguns brinquedos disponíveis no local para se distrair. “Quando era menor, usava sling que amarra o bebê ao corpo. Mas, agora que já está andando é mais tranquilo, brinca até com as outras crianças que participam”.
Enquanto os pais trabalham a flexibilidade do corpo, melhora a força e a respiração, os filhos se divertem tentando repetir os exercícios e brincando. Conforme Franciely, as mães podem levar os bebês após a autorização do médico. “Algumas preferem esperar tomar todas as vacinas primeiros, por conta da imunidade”, diz.
Assim como a Franciely, quem também incentiva as mamães é a professora Kristiane Coelho Corrêa. Ela dá aula de pole dance e recentemente deu à luz Olívia. Para não deixar a pequena em casa, leva a filha para treinarem juntas. "Sou praticante de pole há seis anos e quando engravidei, no ano passado, continuei fazendo. Depois que ela nasceu não podia ser diferente porque faz parte do meu dia a dia", conta.
Desde então, passou a levar Olívia para a aula e incentivar as outras mães a fazerem o mesmo. "Pensei em criar uma turma com as recém mães, pois a gente fica com o corpo limitado nesse período. Não é toda atividade física que pode fazer nesse momento e como sou estudante de Educação Física, peguei alguns conhecimentos que tive na faculdade e montei uma série de exercícios de pole adaptado", explica.
Em seguida, passou a convidar as mães a levarem os filhos. "É um momento de mãe e filho. Os bebes observam, é um estímulo visual porque as mães ficam girando e eles querem participar junto. Estimulo muito a mãe tirar foto com o bebê, assim cria recordação e vai acompanhando o crescimento do filho, junto com sua evolução do pole", conclui.
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