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Comportamento

Cynthia percorreu 1,2 mil km para ter o amor de Chokito e Paçoca em casa

Após 1200 km e 16 horas de viagem para o cão chegar até Campo Grande, e essa história continua a ser contada no Instagram

Raul Delvizio | 17/09/2020 07:37
Adoção de Chokito começou lá atrás, desde Balneário Camboriú até terminar já aqui em Campo Grande (Foto: Arquivo Pessoal)
Adoção de Chokito começou lá atrás, desde Balneário Camboriú até terminar já aqui em Campo Grande (Foto: Arquivo Pessoal)

"Uma vez que você adota, é impossível voltar atrás. Só quem gosta mesmo de animal sabe como é difícil ficar sem". Hoje Cynthia entende perfeitamente esse sentimento. Após a morte do antigo casal de cachorros que tinha, a mineira que mora aqui na Capital de MS achou que nunca mais fosse ser mãe de pet. Mas o destino acabou trazendo não só um, mas dois, em uma história que percorreu quilômetros em estradas.

Foto no dia em que a família adotou Chokito, já em direção de retorno à Capital de MS (Foto: Arquivo Pessoal)
Foto no dia em que a família adotou Chokito, já em direção de retorno à Capital de MS (Foto: Arquivo Pessoal)

Tudo começou com um perfil em rede social. "Nem lembro como cheguei até ele, mas fiquei emocionada com aquele olharzinho de agradecimento por ter sido salvo. Aquilo me cativou demais da conta", admite Cynthia Vieira. O cachorro era Chokito, resgatado ainda muito jovem em um terreno baldio, sem abrigo de sol, chuva, nada. Só tinha um detalhe: estavam separados à mais de 1200 km de distância. Ela em Campo Grande, ele em Balneário Camboriú.

Mesmo em processo de luto pela perda de seus outros animais, Cynthia se deixou levar pela filha mais velha, que acompanhou tudo e insistiu à mãe para enviar uma mensagem ao perfil da pessoa que até então havia pego e cuidado de Chokito.

A resposta demorou mas veio em boa hora, no finalzinho do ano passado, quando a família estava saindo de viagem justamente em direção ao sul do Brasil. Não deu outra, no retorno à MS, passaram pelo estado catarinense para adotar o cão.

Primeiro dia na nova casa. Bom que o sofá já veio "combinando" com o cão (Foto: Arquivo Pessoal)
Primeiro dia na nova casa. Bom que o sofá já veio "combinando" com o cão (Foto: Arquivo Pessoal)

"Troquei mensagens e conversei bastante com a Lu, que é a pessoa por trás do resgate do Chokito, justamente para que ela me conhecesse melhor, que eu estava realmente falando sério, não desistiria da adoção. Ela me disse: "assim como eu, você luta pelo animal, vai até o fim". Assim me deu o maior voto de confiança".

Um vídeo do encontro entre Cynthia e o novo membro canino da família foi gravado pela ex-dona. Em questão de 2 horas, seu perfil pessoal estava abarrotado de novos seguidores e mensagens de admiração. Para separar, a mãe resolveu criar uma nova conta só para continuar a mostrar a história do doguinho. O novo perfil já soma mais de 11 mil seguidores.

"Tem gente que manda mensagem perguntando se aconteceu alguma com o Chokito caso não poste diariamente. Teve até uma seguidora que após perder o marido e o filho escreveu pra gente agradecendo as postagens, que aquilo era a diversão do dia pra ela. Isso mostra a influência do que acabamos criando".

Chokito e a cadela Paçoca (Foto: Arquivo Pessoal)
Chokito e a cadela Paçoca (Foto: Arquivo Pessoal)

Fiel escudeira – A não ser que você queira, não é preciso viajar quilômetros para adotar um cachorrinho. Cynthia não se contentou e fez as duas coisas. "Se tá na chuva, é melhor se molhar mesmo. Até então não queria mais animal nenhum, mas acabei com dois". Aqui em Campo Grande, adotaram a cadela Paçoca pelo grupo voluntário Ammar, que apoia protetores de animais independentes.

Primeiro clique com os dois "parceiros de crime" juntos (Foto: Arquivo Pessoal)
Primeiro clique com os dois "parceiros de crime" juntos (Foto: Arquivo Pessoal)

No mesmo Instagram, postam as aventuras dos dois companheiros. "Chokito é ligado no 220, já Paçoca é um pouco mais tranquila, mas quando ela ataca a serelepe junto ao amigo, nossa, melhor sair de perto, ambos ficam espoletados", brinca.

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