ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, SEGUNDA  22    CAMPO GRANDE 22º

Comportamento

Da década de 80, foto lembra união que deixou saudade em turma de professores

Hoje, Dia do Professor, o momento é de nostalgia para educadores que lembram de bons momentos da época em que foto foi tirada

Thailla Torres | 15/10/2019 08:12
Professores na década de 80, em Campo Grande. (Foto: Arquivo Pessoal)
Professores na década de 80, em Campo Grande. (Foto: Arquivo Pessoal)

Eles abrem, e muito, o interesse pela História Geral, Geografia, Matemática, Português, Artes e diversas outras disciplinas essenciais para a formação de um aluno na vida escolar e acadêmica. Hoje, Dia do Professor, em um momento de nostalgia, eles buscam na memória os momentos que marcaram a foto acima, da década de 80, com a “turma de educadores do Dom Bosco”, que após ir parar em um grupo do Facebook, fez muita gente lembrar carinhosamente dos profissionais.

A lembrança vem de uma época em que a vida deles era só educação e o encontro de recém-chegados com “grandes mestres”, como definem, na época, foi motivo de comemoração, em Campo Grande.

“Essa foto e o que ela representa é muito importante”, diz Lúdio Silva, coordenador do colégio. “Eu estava começando a carreira naquela época, e conviver com grandes mestres naquele momento fez com que eu trilhasse um caminho de amor incondicional pela educação”, comenta.

A maior parte dos professores que aparecem na foto não está mais na escola, mas continuam amigos, preservando o contato por telefone, e-mail ou redes sociais. A foto surgiu esses tempos, em um grupo de lembranças, “Anos Dourados Campo Grande”, e surpreendeu os professores.

Dois deles, Sandro e Nilton, já faleceram. “Uma perda irreparável” comenta professor Carlos Alberto Rezende, de 55 anos, conhecido como professor Carlão.

Além de boas lembranças, a foto reforça a memória afetiva de um tempo que as relações eram muito próximas e todo mundo se conhecia pelo nome. “Sem dúvidas, foi a melhor época em que trabalhamos juntos, numa década muito romântica, em que a cidade não tinha o tamanho de hoje, todo mundo se conhecia pelo nome e boa parte das relações surgiu por ali”, completa, Carlos. Ele é um dos responsáveis por reunir ex-alunos, de dois em dois anos, para um encontro cheio de recordações. “Agora eu faço por turmas, de 1982, 1983 e 1984, por exemplo. Tudo isso graças às redes sociais onde é mais fácil encontrar e manter contato com todos”.

Embora a relação do professor com aluno e escola encontre adversidades, sentimentos e desafios totalmente diferentes nos dias de hoje, eles garantem que o que ficou daquele tempo foi o amor por educar e o respeito pelo aluno. “Atualmente não adianta um professor querer utilizar-se de autoritarismo e imposição para que os alunos prestem atenção em suas aulas, é necessário muito amor, compaixão, conhecimento e um jogo verdadeiro com eles”, afirma. “Os combinados devem prevalecer para que a educação possa fluir de maneira tranquila”, completa o professor de Matemática, José Carlos Taveira, de 48 anos, que começou a ensinar aos 18 e hoje completa três décadas como educador.

A foto também emocionou o professor de História, Ivo Marcos, que nesta semana completa 38 anos de profissão. Hoje, ele mora em Curitiba (PR), mas não se esquece da turma de amigos que nasceu dentro da escola campo-grandense e o transformou, também, como pessoa. “Quando eu olho essa foto lembro que a escola era minha segunda casa. Durante os anos em que lecionei, eu era o mais novo em tempo de casa e idade, por isso, eu não os via como colega, mas como meus professores, meus mestres”.

Ivo se lembra do primeiro dia que entrou na sala de aula do cursinho noturno como professor. “A menina da recepção, ao olhar um menino de 22 anos na porte, achou que eu era aluno. Ali comecei minha trajetória e tenho muito orgulho de todos os ensinamentos”.

Ivo também destaca que o maior legado deixado pela turma foi a fraternidade. “São detalhes que eu levo para a profissão e a vida”, diz. “Esse espírito fraterno que desenvolvemos ali foi transformador para os dias como professor. Assim formamos alunos para os maiores vestibulares do País, como também para a vida e seus desafios”.

Tem alguma fotografia marcante? Manda para o Lado B no Facebook, Instagram ou e-mail: ladob@news.com.br

Nos siga no Google Notícias