Debaixo de ingazeiro, Maria casa com um “golpe” que virou amor
Ela achou que seria cupido de Alefe, mas ele deu “golpe” certeiro e abriu os olhos dela para o real sentimento
A história da médica Maria Fernanda Jardim Barros Pureza, de 25 anos, e do acadêmico de Medicina Alefe Cespedes Pureza, 23 anos, é mais uma daquelas ironias da vida gostosa de contar, para provar que não existe receita certa sobre o amor. Acredite, Maria casou com um “golpe”.
Mas ao invés de perder dinheiro nesse golpe, ela ganhou um amor e uma história divertida que vai poder contar para sempre e dar muita risada.
Os dois se conheceram em um grupo cristão da faculdade. Ela via o Alefe e pensava com quem ele combinava para apresentá-lo a alguma amiga, isso porque Maria sempre teve a mania de tentar ser cupido das pessoas que amava. “Só que meses depois, caí num golpe”, conta rindo.
Ele a chamou junto com a "turma" para ir a um evento científico na UFMS, mas, no dia, ninguém apareceu, claro. “Nós conversamos horas, algo que nunca tinha acontecido e eu passei a enxergar o Alefe como um homem, alguém que eu poderia dividir meus dias. Não paramos de rir e conversar muito desde esse dia”.
Pouco tempo depois do melhor e mais divertido golpe que Maria levou, veio o namoro. “No começo, já falávamos de casamento de forma saudável, sem expectativas ou desejos precipitados”, diz.
Mas com um ano de namoro, já era muito difícil se despedir e cada um ir para casa sem dividir os dias e as noites. “Decidimos casar quando vimos como propósito estar um na vida do outro”, lembra Maria.
Por serem duas pessoas de muita fé, o luxo era o que menos importava para Maria e Alefe. “Decidimos por aquilo que se comunicou com nosso coração. Queríamos um lugar onde sentíssemos uma conexão com Deus, queríamos uma cerimônia simples e bonita, que mostrasse o presente que pra nós é se tornar família. Na nossa festa, queríamos celebração, porque nossa casa será cheia de alegria”.
Até a semana do casamento, eles tinham tido poucos problemas, tudo estava aparentemente perfeito e organizado, mas quando chegou a bendita semana, o mundo parecia desabar em perrengues, que eles preferem nem entrar em detalhes por envolver terceiros.
Mas a fé do casal é tão forte, assim como a amizade que eles têm com pessoas especiais, que fizeram de tudo para o casamento acontecer do jeitinho que eles queriam. “Nesse tempo, a gente buscou ter paz e alegria, diferente do que a costumávamos sentir nos momentos de angústia, usamos o momento para o amadurecimento”.
Ela se arrumou sozinha – No dia da cerimônia, outra surpresa. Maria preferiu se arrumar sozinha, sem aquele quarto lotado de familiares e madrinhas durante a preparação. “Foi meu último dia sozinha, eu sabia que a partir do sim, isso jamais aconteceria, porque eu seria uma só com ele. Foi um momento de extrema gratidão pelo que viria e reflexão”.
Ela diz que também seria difícil decidir que amiga ou parte da família ficariam no salão. “Eu também amo estar com as mulheres que me cercam. O mais legal foi que quando estava me arrumando, chegou a minha melhor amiga da faculdade, ela não sabia que eu ia me arrumar lá, ficou comigo um tempão, nós demos muita risada, foi um momento especial”.
Depois da arrumação e das fotos de making of, Maria partiu para o casamento, pertinho da natureza, como ela escolheu. Casou embaixo de um ingazeiro com anos de existência na Estância das Orquídeas.
“O mais emocionante foi a minha entrada. A música foi uma oração nos dias maus pra gente continuar – Tudo é Pra Tua Glória, de Rapha Gonçalves –, escutar ela ali, um instrumental tão lindo, em um momento de tanta alegria, sustentou todo o significado de tudo o que ela diz”.
Por fim, apesar dos perrengues, os dois amaram cada detalhe do casamento. “Foi muito melhor do que a gente esperava, e nossas expectativas já eram altas. Se pudéssemos, casaríamos mês que vem de novo, do mesmo jeitinho”, finaliza a noiva. Isso é o que a gente chama de golpe certeiro, senhor Alefe. Felicidades ao casal!
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