Feijoada se tornou sinônimo de amor para Patrícia após descobrir câncer

Em um mês, a vida de Patrícia Malgareff Vasconcelos mudou completamente com um diagnóstico de câncer no útero. Lidando com a notícia sobre a saúde, ela descobriu que precisaria de uma cirurgia de R$ 8 mil e, no rápido caminho, uma feijoada se tornou um misto de esperança e amor graças à família e amigos.

“Foi com essa ideia da feijoada que eu parei e pensei ‘caramba, eu tenho mesmo muitas pessoas que se importam comigo’. Uma surpresa boa no meio de tudo”, resume Patrícia. Explicando que tudo aconteceu muito rapidamente, ela narra que o diagnóstico veio durante a visita de uma agente de saúde.

Sem ter feito exames periódicos nos últimos três anos, ela comenta que recebeu a orientação de realizar a consulta médica com ginecologista. “Eu comecei a sentir muito calor e comentei sobre isso. Fiz o exame e nele já apontou algo estranho, células diferentes”.

Até então, a ideia era aguardar um retorno através do SUS (Sistema Único de Saúde), mas a fila de espera estava alta. Se direcionando para o atendimento particular, ela explica que logo recebeu o diagnóstico do tumor.

Recebendo a notícia em choque, Patrícia narra que a solução imediata informada pelo médico foi de que uma cirurgia para retirada do órgão e seus ligamentos seria necessária com urgência. “O médico informou que custaria R$ 8 mil, ficamos sem saber o que fazer”.

Sem o tempo necessário para assimilar todas as informações, a ideia mais rápida veio do marido de Patrícia, Edwin David Pinho. Sabendo que a família não teria condições de arcar sozinha com os custos, ela decidiu que faria uma feijoada para conseguir arrecadar os fundos.

“Foi a partir daí que boas coisas começaram a acontecer porque muitas pessoas se mobilizaram. Meu marido publicou no grupo de futebol dele e, de repente, começamos a receber PIX. Depois, compartilhei com o pessoal da igreja e foi a mesma coisa”, comenta Patrícia.

Além de ajudarem com a compra da feijoada, ela narra que os amigos e familiares também se envolveram na produção e distribuição das marmitas. “Fizemos tudo na minha casa, avisamos para o pessoal que seria retirada e foi uma correria. A parte boa foi ver todo mundo envolvido, querendo me ajudar mesmo”.

Entre os amigos que estiveram presentes no mutirão, Dileuza Adorno chegou logo cedo para auxiliar na dinâmica. “Desde quando ficamos sabendo do diagnóstico já pensamos em como apoiar. Nesse momento, a ajuda, estar junto importa muito”.

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