Foto da formatura é nostalgia de Paulo ao lado de quem o ensinou ler
Do fundo do baú, o retrato feito em 1991 carrega a saudade da infância e a gratidão que sente pela professora
A foto feita em 1991, durante a formatura do pré-escolar é sinônimo de saudade para Paulo Sérgio Silva dos Santos. No #TBT desta semana ele fala da época, quando tinha 7 anos e estava ao lado da sua primeira professora, Sandra Levino. O retrato guarda e emoção e a gratidão por quem o ensinou a ler.
“Era minha vizinha, foi minha primeira professora e me dava aula no colégio e em casa. Me adotou como sobrinho, tinha um carinho grande por mim. Até hoje a chamo de tia”, conta Paulo Sérgio.
Ele é publicitário, tem 35 anos e volta no tempo para recordar a fase da descoberta do mundo e seu primeiro ano na Escola Estadual Professora Neyder Suelly Costa Vieirra. Naquele tempo, morava no bairro Aero Rancho.
“Morei no Aero Rancho quando o bairro foi fundado. Na época, as casas não tinham muros e a escola era na rua de trás de onde morava. Para ir até lá, passava pelo quintal dela [Sandra]”.
Foi um momento especial, cheio de descobertas para aquele menininho. “Era o primeiro ano na escola, novas amizades, aprendi a ler e escrever. Foi um período de fechar o ano agradecendo”.
Naquele tempo, Sandra sempre esteve presente na vida do ex-aluno. Foram vários os ensinamentos e atividades legais para desenvolver, momentos inesquecíveis que carregam boas lembranças. Entre as tarefas mais marcantes, ele lembra da vez que a professora pediu para criar diário de fotos da família.
“Era para entregar no Dia das Mães, então compramos os materiais. Recortamos fotos da família e escrevemos o que cada um representava pra gente com a ajuda dela. Além de ensinar a ler, escrever, também me ensinou a importância da família”, destaca.
Fora da escola, o carinho entre aluno e professora permaneceu “Virou amiga da minha mãe e tínhamos uma rotina. Almoçávamos um na casa do outro, é como se fosse um membro da família”.
Vagando entre as memórias de 29 anos atrás, ele comenta que era Sandra quem entregava as fotos para os alunos guardaram de recordação. “Tinha um marido fotógrafo e todas as vezes que ocorriam eventos especiais, ela registrava e dava a foto pra gente. Cheguei a fazer até um álbum de cowboy na casa dela porque minha família não tinha condições de pagar a foto da escola”.
A foto também foi um presente de Sandra para Paulo Sérgio. “No dia da formatura, não tinha dinheiro para fazer a foto e o esposo dela fez pra mim. Ela me deu de lembrança e guardo até hoje”.
Hoje, eles não são mais vizinhos e não se veem com frequência. “Mas nossa família continua sendo amiga. Até pensei da gente refazer aquela foto da formatura”.
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