Há 33 anos, Cristina guarda enxoval da filha que será usado pela 1ª neta

As roupas de bebê da primeira filha de Cristina Medeiros ficaram guardadas no armário por 33 anos. Nas últimas três décadas, a jornalista, de 67 anos, aguardava o momento em que realizaria o sonho de passar as peças adiante. Com a 1ª neta a caminho, Cristina já lavou as roupas que a Chloe deverá usar.

Ao Lado B, ela fala sobre a notícia que finalmente deu destino e utilidade aos macacões, vestidos e outros modelos de roupinhas que estavam bem guardados e preservados até o último sábado (23). Mãe de um casal, Cristina fala sobre a filha Corah Medeiros, que está grávida.

“A gente gosta de criança e nosso grande sonho era ser avós, mas ainda pareceria distante e a vida pregou essa peça na minha filha. Estamos muito felizes”, afirma.

Casada há 10 anos, Corah mora em São Paulo com o marido e mantém contato frequente com a mãe. Quando contou que estava grávida, Corah foi surpreendida com a notícia do enxoval, assim como o esposo.

“A gente se fala tudo por mensagem de vídeo, What's e eu disse pra ela: ‘Guardei várias peças suas de quando você era criança’. [...] Ela não imaginava que eu guardava 38 peças, ficou emocionada, meu genro ficou surpreso e até meu marido não tinha ideia que eu tinha guardado”, conta.

Embaladas à vácuo, as roupas foram lavadas, secadas e arrumadas na mala de bordo que a jornalista adquiriu para a neta. No próximo mês, a mala com as 38 peças será enviada para São Paulo. Cristina destaca que todas estão em ótimas condições de uso, pois sempre teve cuidado com elas.

“Guardei peças muito próximas de novas e seminovas em bom estado que dão muito bem para minha neta usar, porque foram muito bem conservadas. Eu sempre fui muito cuidadosa com as roupas”, explica.

Desde que soube que seria vovó, Cristina vive dias felizes e ocupados com os preparativos para receber Chloe, que está prevista para nascer em fevereiro de 2024. A jornalista relata que a neta irá receber parte da história vivida pela mãe Corah.

“É um sonho realizado, eu tô vivendo nas nuvens e como faço trabalhos manuais tô na saga de fazer algumas coisinhas, comprei outras roupas, mas essas roupas que guardei elas contam uma história da mãe dela”, diz.

Parte dessa trajetória é marcada, segundo a jornalista, pelo espírito de luta que Corah carrega. “A minha filha nasceu prematura e com 1,620 quilos, o bebê emagrece né?! Então, ela chegou a 1,320, mas ela nunca teve nada, mas era um bebê que inspirava cuidados. Ela ficou 27 dias internada. Então todas essas roupinhas simbolizam a luta dela pela vida e como ela foi uma guerreira desde sempre”, pontua.

Manta, macacão, casacos, jaquetas, vestidos, nananana estão entre os modelos que a bebê irá vestir. Algumas dessas roupas carregam histórias e lembranças que Cristina jamais esquecerá. Ela cita uma dessas memórias.

“Minha filha nasceu prematura de sete meses e uma das roupas que guardei é uma que ela usou com 11 dias de nascida. Ela estava numa incubadora para ganhar peso e a minha irmã mais velha tinha habilidade com trabalhos manuais”, comenta.

A irmã de Cristina tricotou um casaco rosa e um par de sapatos que após serem esterilizados foram vestidos por Corah na passagem do ano novo. O conjunto foi o primeiro utilizado por ela antes de sair do hospital. Além de estar passando adiante as 38 peças, a jornalista também descobriu que a irmã guardou outras roupas da filha, que no próximo mês sairão de Campo Grande rumo a São Paulo e uma nova vida.

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