Herança deixada por Mário, Cacau sumiu há 9 dias e família pede ajuda
Cacau sumiu no Arnaldo Estevão de Figueiredo e é tida como lembrança do caminhoneiro que faleceu de Covid-19
Há nove dias Matheus Burda, de 28 anos, procura pela cachorrinha yorkshire terrier que desapareceu na região do Bairro Arnaldo Estevão de Figueiredo no último sábado (18). Cacau é considerada como herança deixada pelo pai Mário Burda, que faleceu aos 63 anos.
A cadela de porte pequeno com pelagem marrom clara desapareceu durante a madrugada. O personal trainer relata que ela saiu pelo portão sem que ele ou a mãe Iraci Rodrigues notassem. “Ela sumiu no sábado para domingo. A gente abriu o portão de madrugada e não vimos ela saindo”, lamenta.
Ele explica que Cacau tinha o hábito de ir em direção ao carro quando alguém da família chegava. “Ela costumava vir até o carro, subia no nosso colo, mas dessa vez como estava frio ela não veio até o carro. Pensei que ela estava dormindo, abaixei o portão e no dia seguinte quando acordamos ela não estava lá”, fala.
Com o apoio da mãe, Matheus fez buscas na região, mas sem sucesso. Para encontrar a cachorra, ele também espalhou cartazes, divulgou a imagem dela nas redes sociais e grupo de WhatsApp do bairro.
Por enquanto, a família não recebeu nenhuma informação sobre a localização atual de Cacau. O personal trainer relata que pessoas se aproveitaram da situação para tentar aplicar ‘golpe do pix’.
Na família há seis anos, Cacau não é somente um animal de estimação. A yorkshire terrier é tida como a única herança deixada por Mário Burda, que faleceu em 2021 em decorrência da Covid-19.
O caminhoneiro, que conduziu o primeiro caminhão aos 13 anos, foi quem adotou a cachorrinha numa das viagens feitas a Mato Grosso. Matheus conta que o pai, a mãe e Cacau viajam juntos pelas estradas do País. “A cacau é a herança que meu pai deixou, ela foi criada com meu pai e minha mãe no caminhão desde pequena. Ela é a lembrança que a gente tem do meu pai”, afirma.
Quando estava vivo, Mário era um grude com a cadelinha que ganhava banho até em pet shop. “Ele que cuidou muito dela, ele ficava mais no Mato Grosso, levava no pet shop. Ele tinha um apego muito grande. Meu pai sempre gostou de bicho, mas com a Cacau foi diferente”, frisa.
Antes de falecer, o caminhoneiro seguiu para Água Boa (MT) com a promessa de que na volta iria se aposentar. “Ele subiu no caminhão, falou que ia fazer a última viagem dele e que depois ficaria com a gente. Quando meu pai foi pra Água Boa, ela (Cacau) ficou muito triste”, recorda.
Após o falecimento do pai e esposo, Matheus e Iraci deixaram o caminhão de lado e ficaram responsáveis pela Cacau. Com o desaparecimento dela, o personal trainer relata que a mãe está inconsolável. “Minha mãe tá bem triste porque a Cacau é a companhia dela, ela tá bem chateada. A Cacau dormia com minha mãe, tomava café com minha mãe”, comenta.
Outro costume da família, que foi interrompido no último domingo em razão do desaparecimento da mascote, é o hábito de ir ao local onde Mário foi enterrado. “Todo domingo nós três vamos ao cemitério. É sagrado trocarmos as flores do túmulo dele”
Descrita como uma cachorrinha de comportamento dócil, Cacau não tinha costume de sair de casa. “Ela é bem pequena, se tiver três quilos é muito, ela é muito dócil, mas qualquer barulho assusta ela”, conclui.
Quem tiver informações sobre Cacau, o contato de Matheus Burda é (67) 9.9266-6830
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