Inspirado em série, "Sex Education Uems" fala sobre sexualidade sem tabu
Projeto de acadêmica de Medicina começou em USF e também presta informações e tira dúvidas via Instagram
Sucesso da Netflix, a série Sex Education também serviu de inspiração para um projeto de Extensão do curso de Medicina da Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande. Mas ao contrário da série em que as discussões sobre sexualidade e prevenção, geraram muita polêmica, na universidade, o assunto está sendo tratado sem tabu.
O projeto “Discutindo a Sexualidade e Prevenindo Infecções Sexualmente Transmissíveis Através de Metodologias Ativas e Ferramentas Digitais", presta orientação e esclarece dúvidas a jovens e adultos sobre IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis).
A iniciativa é da acadêmica de Medicina Stella Korim, bolsista do PIBEX (Programa Institucional de Bolsas de Extensão Universitária) e tem a orientação da professora doutora Alessandra Aparecida Vieirma Machado. Stella conta que o projeto começou com educação em saúde, conscientização e orientação dos pacientes e os profissionais de saúde da USF "Dr Herbet Rebelo Calado" - USF Aero Itália, em Campo Grande. Na sequência, a aluna criou a conta @sexeducationuems no Instagram, para também levar informações sobre o tema a ainda mais pessoas, através da rede social.
“A intenção era inicialmente se restringir à USF através de ferramentas digitais, porém a adesão seria bem menor, caso fosse mantido somente grupos de Whatsap ou Telegram, já que há todo o tabu por trás desse assunto e dificilmente as pessoas conseguiriam tirar dúvidas sem constrangimento. Então, resolvi estender para as mídias sociais, pois, além de captar mais gente, consigo ter acesso ao público mais jovem (que dificilmente está presente nas UBS e USF)”, conta Stella.
Nas Redes Sociais, o projeto ganhou nome @sexeducationuems, em referência a famosa série da Netflix – Sex Education, em que adolescentes discutem sobre sexo, gênero, ISTs e seus tabus. “O perfil no Instagram teve inspiração na série sim, principalmente por ter sido uma das poucas séries que tentam naturalizar esse assunto de forma leve, além de ter o público jovem como alvo. Mas os assuntos que são tratados pelo projeto, tanto na USF, quanto nas Redes Sociais, não são retirados da série, mas sim de manuais do Ministério da Saúde e de livros de Ginecologia que usamos na faculdade”, explica Stella.
Stella conta que já recebeu várias dúvidas e até pessoas que relataram sintomas de IST. “O canal é ótimo para os jovens tirarem suas dúvidas. Mas de qualquer modo, sempre que realizo orientações de cuidados pessoais, eu peço que procurem à unidade de saúde, pois terão o acompanhamento mais adequado dos profissionais da saúde”, esclarece a estudante.
Stella explica que a temática sexual é um grande tabu na sociedade, o que dificulta o estabelecimento de um ambiente de ensino, diálogo, confiança e respeito. “Isso implica no tratamento inadequado das IST ou o não tratamento, os quais podem levar a efeitos graves e crônicos de saúde. Além disso, as IST têm causado preocupação nacional e internacional. Para ilustrar, Mato Grosso do Sul e Campo Grande têm apresentado altas taxas de infecções por sífilis”, conclui.
Pelo perfil no Instagram estão sendo postados cards, com ilustrações e muita informação sobre o assunto de forma direta e descomplicada. A estudante deve intensificar as postagens nas próximas semanas, principalmente com temas de módulos que acabou de estudar no curso de Medicina – Saúde da mulher, Sexualidade Humana e Planejamento Familiar. Para seguir o perfil, basta clicar aqui.
Curta o Lado B no Facebook e Twitter. Tem uma pauta bacana para sugerir? Mande pelas redes sociais, e-mail: ladob@news.com.br ou no Direto das Ruas através do WhatsApp do Campo Grande News (67) 99669-9563.
