Irmãos tatuam foto de 1994 que “marcou os crimes de infância”
Foto representa aos irmãos todas as estripulias da infância e como nenhuma diferença foi capaz de separá-los
Quando o Lado B entrou em contato com os irmãos Natan Nunes e Natacha Nunes com intenção de contar a história da tatuagem acima, o irmão logo caiu na risada e questionou: “Vamos ter de contar a verdade? Que a gente brigou a vida inteira, mas se ama?”.
Quando a resposta da reportagem foi “sim”, Natan foi o primeiro a abrir o jogo sem pudores. “Olha, a gente era terrível, muito terrível. Mas a gente se divertiu muito”, diz o irmão, que é vendedor e tem 29 anos.
Já Natacha, graduada em Pedagogia, tem 30 anos e diz que foi uma irmã protetora. “Eu dedurava mais quando acontecia alguma coisa séria, mas também protegi muito ele, viu!”, justifica.
Os dois lembram que na infância e na adolescência, brincaram muito, mas também 'caíram no pau' diversas vezes. “Como todo irmão briga com o outro”, diz Natan.
Mas nenhuma discussão ou desentendimento durante os últimos 29 anos foi capaz de separar os dois. “Nunca ficamos sem falar um com outro. Tem uma fase que cada tem sua turma, seu jeito. Um é mais quieto, outro é mais falante, mas nunca deixamos de estar juntos”, revela Natacha.
É por isso que toda vez que Natacha olhava para a fotografia acima, os olhos enchiam de lágrimas. “Aquela foto é muito linda, eu a amo. A gente está numa alegria imensa. Ele tinha dois anos e eu três, estávamos brincando em Ponta Porã, em 1994. Éramos mesmo terríveis, aprontamos demais, até hoje, minha mãe conta cada história”.
Foi assim que ela decidiu que tatuaria a fotografia. Mas antes, conheceu o trabalho da tatuadora Thab graças à mãe. “Quem me apresentou foi a minha mãe, que era vizinha dela. Depois, comecei a seguir no Instagram e gostei do estilo. Como sou apaixonada por essa nossa foto, ele resolveu me dar a tatuagem de presente de aniversário neste mês”.
Além da beleza do sorriso e inocência de duas crianças felizes, para Natacha, a foto lembra também que eles eram “parceiros de crime na infância”. “Crime no sentido de fazer as artes de criança juntos, a parceria, o cuidado”.
Natacha lembra que apesar de pouquíssima diferença de idade, o sentimento que tinha por Natan era de proteção. “Eu sempre fui cuidadosa. Quando ele ficava doente, eu ficava em cima dele. Também sempre fui de contar mais as coisas pra ele, porque sempre fui mais aberta e assim, é a nossa história”, finaliza.
Com a tatuagem pronta, irmãos realizaram um sonho e, claro, emocionaram a família, que admira o amor de irmãos que nada destrói. "Eu faço tudo pelo meu irmão se for necessário", diz Natacha. "Eu amo a minha irmã, nenhum b.o nessa vida muda isso", finaliza Natan.
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