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Comportamento

Jeep “Burro Branco” de 1967 vira a maior atração em casamento

Depois de acidente que uniu casal, sonho de Iara e Alexandre era ter um Jeep com motor original de 1967

Thailla Torres | 09/02/2022 09:09
Iara e Alexandre casaram no último fim de semana e fizeram questão de ir com o Jeep. (Foto: Luciano Justiniano)
Iara e Alexandre casaram no último fim de semana e fizeram questão de ir com o Jeep. (Foto: Luciano Justiniano)

Muitos casais vivenciam idas e vindas ao relacionamento, mas quando a administradora Iara Aguiar Busanello, de 29 anos, olha para o passado, ela tem certeza que o destino é mesmo invencível e isso a levou ao altar para um casamento pra lá de divertido com o agrônomo Alexandre Busanello, de 30 anos.

Os dois se conheceram há anos, na faculdade, quando cursavam Agronomia. Ele era veterano dela, mas naquele instante, nada passou de amizade. Ela desistiu do curso e realizou o sonho de se formar em Administração. Anos depois, os dois se encontraram em um posto de gasolina. “Naquela época, a juventude gostava de uma diversão nos postos e foi ali que ficamos juntos”.

Desde então, um sabia que desejava ficar com o outro, mas foi um acidente que os uniu de uma vez por todas. “Houveram idas e vindas, até vivenciamos um momento difícil, um capotamento em uma estrada sem asfalto próximo a Bonito”, lembra Iara.

Ela dirigia quando houve o acidente que, felizmente, não deixou vítimas. “Daquele momento em diante, a gente se uniu muito e agradeceu pelas nossas vidas, decidindo ficar juntos”, diz feliz.

Alexandre abrindo capô do veículo durante a festa e explicando sobre o carro. (Foto: Luciano Justiniano)
Alexandre abrindo capô do veículo durante a festa e explicando sobre o carro. (Foto: Luciano Justiniano)
Os convidados fizeram questão de saber mais sobre o veículo. (Foto: Luciano Justiniano)
Os convidados fizeram questão de saber mais sobre o veículo. (Foto: Luciano Justiniano)

Os dois então decidiram se casar no primeiro semestre de 2020 e viram o sonho do casamento ser surrado pela pandemia de covid-19. O casamento foi adiado duas vezes, mas eles não desistiram e realizaram a cerimônia no último fim de semana, que além do “sim” emocionante, teve outra realização do sonho como maior protagonista da festa: o Jeep branco de 1967, clássico, que é o maior xodó do casal e, claro, não faltou ao casamento.

Na hora de falar do carro, Alexandre faz questão de detalhar o encanto que sente pelo veículo, apelidado de “Burro Branco”, que foi a maior atração da festa, depois do casal, claro.

Alexandre e Iara seguiram para a festa no Burro Branco, tiraram fotografias e ainda durante o evento, muitos convidados fizeram Alexandre abrir o capô só para admirar o motor original de 1967 e conhecer mais sobre o veículo.

Carro também virou cenário para risadas e fotos. (Foto: Luciano Justiniano)
Carro também virou cenário para risadas e fotos. (Foto: Luciano Justiniano)
Casal deixando a igreja rumo à festa em outro espaço, no Jeep dos sonhos. (Foto: Luciano Justiniano)
Casal deixando a igreja rumo à festa em outro espaço, no Jeep dos sonhos. (Foto: Luciano Justiniano)

“Tanto eu como minha esposa gostaria de ter um Jeep Willys, o que me fez ir atrás”, lembra o noivo. Alexandre levou bastante tempo para poder achar o modelo com motor original. “Todos que você acha já são mudados. Mas o nosso não”, diz orgulhoso. “Basicamente, eu reformei ele na forma original dele”.

O mais difícil, lembra Alexandre, foi encontrar peças. “Tive que correr atrás, comprar pela internet, conversar com amigos para poder deixar o mais original possível”.

Já o nome curioso, também tem significado. “Coloquei o nome de Burro Branco, pois o burro ou mula é um animal que realmente aguenta o tranco, o batidão, e quem tem ou já teve um Jeep Willys sabe que ele não quebra fácil”, responde orgulhoso.

É claro que o casal mantém todo respeito à história e idade do veículo. “Ele já tem 55 anos, né. Não usamos para correr, andamos na atuada dele”.

Com o tempo, o casal já até se acostumou com o assédio de fãs que não temem em pará-los no trânsito para ver o veículo, tirar fotos e fazer perguntas. “Alguns mais velhos veem e falam que já tiveram, elogiam e perguntam se o motor é original, e com todo orgulho, eu digo que sim: um motor 6cc original, traçado e reduzido”, finaliza o noivo.

O momento do sim que foi adiado duas vezes por conta da pandemia. (Foto: Luciano Justiniano)
O momento do sim que foi adiado duas vezes por conta da pandemia. (Foto: Luciano Justiniano)
Carro tem motor original, peças originais e é realização de um sonho do casal. (Foto: Luciano Justiniano)
Carro tem motor original, peças originais e é realização de um sonho do casal. (Foto: Luciano Justiniano)

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