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Comportamento

Na luta contra a covid-19, aldeias de MS ganham placas bilíngues

Ilustrações acompanham textos em português e em terena – a língua materna falada pelas 8 aldeias que receberam placas

Thailla Torres | 20/06/2020 07:57
Instituto instalou placas para levar informação aos índigenas de MS. (Foto: Luciano Justiniano)
Instituto instalou placas para levar informação aos índigenas de MS. (Foto: Luciano Justiniano)

Nesta semana, Mato Grosso do Sul perdeu o primeiro indígena para a covid-19. O homem de 49 anos vivia na Reserva Indígena mais populosa do Brasil e estava internado no Hospital Evangélico de Dourados desde o dia 7, mas não resistiu a doença.

Além de marcar oficialmente o agravamento da doença entre os indígenas, considerados grupos étnicos mais vulneráveis ao novo coronavírus, elevou para 40 o número de mortes no Estado.

Na busca de levar o assunto e a prevenção para aldeias na região pantaneira, o Ipedi (Instituto de Pesquisa da Diversidade Intercultural) resolveu instalar placas bilíngues com orientações a covid-19. Essa é uma das tecnologias sociais para aplicar educação à comunidade que estão inseridas em contextos socialmente complexos.

“Com a pandemia, a necessidade de praticar uma educação diversa ficou mais evidente. Por isso o Ipedi vem realizando ações que visam disseminar informações em linguagem e formatos acessíveis às comunidades tradicionais do Pantanal, promovendo educação sanitária tão importante neste momento”, explica a pesquisadora e diretora do Instituto Denise Silva.

Nestas ações, o Ipedi iniciou a instalação de placas de educação sanitária bilíngue nas comunidades indígenas de Miranda.  As placas levam orientações sobre como prevenir o novo coronavírus e os sintomas da doença.

As placas tem textos traduzidos para o idioma terena pela professora indígena Maísa Antonio. (Foto: Luciano Justiniano)
As placas tem textos traduzidos para o idioma terena pela professora indígena Maísa Antonio. (Foto: Luciano Justiniano)

O diferencial é que as ilustrações vão acompanhadas de textos em português e em terena – a língua materna falada pelas oito aldeias que receberam placas, impactando os cerca de 8 mil indígenas do município. As placas foram organizadas pelo instituto, com textos traduzidos para o idioma terena pela professora indígena Maísa Antonio.

Já os materiais foram impressos por doação da Fazenda Caiman, destino de ecoturismo do Pantanal, e do projeto Onçafari, iniciativa que trabalha com a conservação da biodiversidade na região.

A ação também faz parte do planejamento da Comitiva Esperança – projeto que reúne pessoas físicas e jurídicas em ações de resposta aos impactos da pandemia nas comunidades pantaneiras. Quem quiser conhecer mais sobre o projeto basta clicar aqui.

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