Para aliviar a dor, Ariane dançou em 24 horas de trabalho de parto
Ariane faz seu relato sobre como usou a dança para lidar com a dor durante o período do nascimento da filha
Ariane Cordeiro Batista, de 37 anos, dança desde pequena e durante o trabalho de parto da sua bebê, não poderia ser diferente. “Tinha que ter dança, porque dançar é minha vida, é meu ofício”, diz.
Ayla nasceu no mês passado e, de acordo com Ariane, foi tudo planejado desde que soube que estava grávida. A ideia foi ser um parto domiciliar, onde Ariane pudesse estar confortável para passar pelas dores do trabalho de parto. “Sempre fui avessa a procedimentos cirúrgicos, acho um abuso com o corpo humano surreal e logo decidi que queria parto domiciliar e contratei uma equipe profissional para isso”, detalhou.
A dança entrou no cenário quando Ariane sentia vontade de dançar para lidar com o trabalho de parto. E levando em consideração a relação de Ariane com a dança, não teria como ela não utilizar desse recurso.
“Eu venho de uma família de artistas e educadores. Não tive muito para onde correr”, brinca. “Desde sempre recebi muito incentivo da minha mãe à arte, sempre fiz aula de piano e dança. Quando cresci, soube que era aquilo que eu sempre quis”, expressou.
Hoje, Ariane trabalha com arte educação, a junção dos ofícios da mãe e do pai. Seu estilo de dança favorita é a dança contemporânea. “Dança pra mim é tudo, é vida, é expressão de sentimento. O corpo parado já dança, o movimento de respirar já faz seu corpo dançar. A dança para mim é libertadora”, declarou.
Ainda grávida, Ariane chegou a participar de um projeto de dança, onde foi convidada para dançar seu estilo favorito. E foi pouco tempo depois que Ayla já começou sua própria “dancinha” dentro da barriga de Ariane, sinalizando que já estava pronta para sair.
Foram 24h em casa e em trabalho de parto. Por fim, apesar da aversão, o plano inicial precisou ser alterado e Ariane foi para o hospital.
“Meu corpo se esgotou e o cansaço tomou conta de maneira que eu não conseguia mais me mexer. Foi aí que decidimos pela minha saúde e a da bebê partir para uma cesariana na Santa Casa, onde vivi outra experiência totalmente diferente da que vivi em casa”, comentou.
E por fim deu tudo certo e Ayla foi recebida com todo amor. “Teve amor, teve força, teve medo e teve dor”, ainda expressou Ariane.
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