ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, QUARTA  25    CAMPO GRANDE 22º

Comportamento

Após 13 horas, Bárbara quase ganhou um dos gêmeos no chuveiro

A confeiteira Bárbara Christina Nunes Riquelme ganhou gêmeos após 13 horas em trabalho de parto

Bárbara Cavalcanti | 19/07/2021 06:38
Bárbara com Eduarda e Enzo após13 longas horas em trabalho de parto. (Foto: Arquivo Pessoal)
Bárbara com Eduarda e Enzo após13 longas horas em trabalho de parto. (Foto: Arquivo Pessoal)

O nascimento dos gêmeos da confeiteira Bárbara Christina Nunes Riquelme, de 26 anos, foi, no mínimo, cheio de acontecimentos inesperados.

Após longas 13 horas em trabalho de parto, Bárbara ganhou Enzo e Eduarda por parto normal. Eduarda, inclusive, começou a sair enquanto Bárbara tomava banho no hospital. A experiência, ela contou ao Lado B.

“Eu descobri que estava grávida em agosto de 2019. Em ambas as famílias, tanto minha quanto do meu marido, tem muitos gêmeos, mas eu não sabia que era uma possibilidade pra mim. Mas quando fui fazer a ultrassom, veio o susto, eram dois”, relembra.

Bárbara grávida dos gêmeos com a filha mais velha, Malu, de 7 anos. (Foto: Arquivo Pessoal)
Bárbara grávida dos gêmeos com a filha mais velha, Malu, de 7 anos. (Foto: Arquivo Pessoal)

Bárbara já tem uma filha de um relacionamento anterior, Malu, de 7 anos. A felicidade com a notícia veio misturada de preocupação.

“Eu fiquei com medo de não dar conta. E também a própria gestação é perigosa, gestação de gêmeos geralmente é de risco, então deu medo”, explicou.

Mas a gestação seguiu sem problemas. Mamãe e bebês passaram o tempo saudáveis. Sobre o parto, Bárbara diz que realmente sonhava em ter parto normal, já que o da primeira filha tinha sido cesária.

“Eu perguntei ao médico se era possível e ele disse que sim, com tanto que eu e eles estivéssemos bem, não teria problema. Mas eu fui muito chamada de louca, me falavam que parir duas vezes e sentir dor duas vezes era loucura”, relembra.

Foi então em fevereiro de 2020, que Enzo e Eduarda vieram ao mundo. Mas até poder segurar os bebês nos braços, Bárbara teve que esperar bastante - no caso, 13h de parto ativo.

“No dia anterior, eu fui pescar com meu marido e um amigo, fomos em uma combi sem banco, chacoalhando tudo. Eu participei de um campeonato de pesca, tomei banho de piscina, tudo gravidíssima”, ri ao relembrar.

Os gêmeos, Eduarda e Enzo, poucos meses depois de nascidos. (Foto: Arquivo Pessoal)
Os gêmeos, Eduarda e Enzo, poucos meses depois de nascidos. (Foto: Arquivo Pessoal)

No final do dia, começaram as dores. “Era de tarde quando eu comecei a sentir dor. À noite eu já não estava mais aguentando e fui para a Santa Casa”, detalha.

Diante das dores, Bárbara pensou em desistir do sonho do parto normal. “Eu implorava a cesária. Mas me informaram que as salas de cirurgia estavam ocupadas e que não tinha outro jeito a não ser esperar”, relata. Ela recebeu então uma medicação para a dor e para ajudar na dilatação.

Bárbara relata que chorou de dor até não ter mais lágrimas para chorar. “Quando foi na manhã do dia seguinte, eu já nem conseguia mais chorar, só sentir dor. A enfermeira então sugeriu fazer o exame do toque. Eu já estava com 10 cm de dilatação, então já estava perto”, descreve.

Para aliviar a dor, Bárbara resolveu tomar um banho. “Meu marido foi assinar alguns papéis na recepção e a enfermeira precisou sair. Tomei meu banho, que realmente ajudou. Mas então, eu não aguentei, quando veio a dor de novo, a Eduarda que já estava saindo ali no banho mesmo”, detalha.

Eduarda, agora já com 1 aninho. (Foto: Arquivo Pessoal)
Eduarda, agora já com 1 aninho. (Foto: Arquivo Pessoal)

Meia hora depois, foi a vez de Enzo e dessa vez, Bárbara “brigou” foi pelo parto normal, mesmo tendo indicação de cesária.

“Eu já tinha sofrido aquilo tudo, por isso quis ir adiante com o parto normal. A médica me disse que, ou eu fazia força para ele nascer, ou eu ia ter que ir para uma cesária de emergência. Nessa hora, rezei muito à Nossa Senhora Aparecida”, relembra.

Enzo por fim nasceu, mas sem batimentos cardíacos. “Foi a equipe médica inteira em cima dele. Mas graças a deus e a Nossa Senhora, eles conseguiram reanimá-lo e deu tudo certo”, conta.

Hoje, Bárbara diz que as crianças são saudáveis e até agora nunca deram trabalho em questões de saúde. “São fortes, saudáveis, nunca tive nenhum problema com os dois”, reforça.

Enzo também é um bebê saudável, agora com 1 ano de idade. (Foto: Arquivo Pessoal)
Enzo também é um bebê saudável, agora com 1 ano de idade. (Foto: Arquivo Pessoal)

As dificuldades passaram a ser financeiras. No dia do parto dos gêmeos, o pai das crianças perdeu o emprego. Assim, começou a buscar por uma renda para sustentar agora os três filhos.

“Foi difícil. Na época, a gente quis fazer um arroz carreteiro, mas então veio a pandemia e não conseguimos realizar. Eu então comecei a fazer os doces e bolos e isso ajudou a gente bastante com as fraldas e o leite deles”, explica.

Hoje, um ano depois, o marido dela conseguiu voltar a trabalhar. Os gêmeos têm o próprio perfil nas redes sociais, @gemeosmaisumadecgms, onde Bárbara documenta o crescimento dos filhos.

“Minha avó fez um empréstimo pra gente conseguir uma moto pra ele poder trabalhar e meus doces, bolos e cestas também estão indo, tudo graças à Nossa Senhora”, expressou.

Toda família reuinda, Bárbara, marido, e as três crianças. (Foto: Arquivo Pessoal)
Toda família reuinda, Bárbara, marido, e as três crianças. (Foto: Arquivo Pessoal)

Curta o Lado B no Facebook. Tem uma pauta bacana para sugerir? Mande pelas redes sociais, e-mail: ladob@news.com.br ou no Direto das Ruas através do WhatsApp do Campo Grande News (67) 99669-9563.

Nos siga no Google Notícias