Para Éder, alegria é dividir amor pela farda “amarelinha” com filha
No primeiro dia dos pais depois de aposentado, Éder posou com a farda de agente de trânsito ao lado da filha
O Dia dos Pais de hoje foi um dos especiais na vida do, agora aposentado, agente de trânsito Éder Vera Cruz da Silva, de 55 anos. Depois de 21 anos bem trabalhados na Agetran, Éder comemorou o primeiro Dia dos Pais aposentado com um registro ao lado de sua “companheirinha de amor pela farda”, a filha Tamires Landvoigt da Silva, de 13 anos.
A foto estava dentro da cartinha que Tamires fez de dia dos pais para o paizão. Mas a primeira vez que Tamires colocou a farda foi aos três anos de idade. “Em 2009, minha filha estava com três anos, quando pediu para usar a farda e meu superior, na época, autorizou”, detalhou Éder ao Lado B.
Para Éder, ver a pequena fardada só lhe rendeu alegria. “Foi o dia mais feliz pra mim, quando vi ela com minha farda, dando continência para mim”, expressou.
Éder também fala que na última década, desde que Tamires ganhou um fardinha só dela, muitos momentos memoráveis aconteceram. “Gerson Domingos e o ex-governador André Puccinelli pegaram ela no colo fardada, foram alguns momentos dela”, relembra.
Hoje, apesar da afinidade e admiração pela farda do pai, Éder diz que Tamires quer ser veterinária ou pediatra para servir nas Forças Armadas no futuro. Porém, nada que não deixe o paizão cheio de orgulho.
“Ser agente de trânsito, às vezes, pode ser difícil. É mais ou menos igual juiz de jogo de futebol, que poucas vezes aparece, mas quando aparece, até a mãe paga. Minha filha teve que aprender a ser forte também, mas ela sofreu com bullying na escola por ser filha de “amarelinho”, mas sabia, tinha honra e orgulho pela farda do pai e superou, assim como eu superei minhas dificuldades também”, expressa.
Éder começou aos 12 anos de idade como gari no serviço público, quando ainda era permitido registro de crianças para trabalhar. Depois, fez alguns concursos, até que por fim, em 2000, fez parte da primeira equipe de agentes de trânsito de Campo Grande.
“Sempre foi um sonho, mas eu não sabia que seria assim como foi. Me propiciou crescer na vida pública, fazer amizades e ganhar até algumas medalhas. Aprendi muito, sofri muito com as perdas em acidentes de trânsito, mas também me alegrei com momentos em que pude, por exemplo, ajudar mães em trabalho de parto”, expressa.
Aposentado há exatamente três dias, comemora o dia ao lado da família, dessa vez com a tranquilidade de carreira bem finalizada. “Estou livre pra curtir mais a filha, a família e os amigos, e continuar ajudando aqueles que eu puder”, declarou.
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