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Comportamento

Para filha viver com saúde, mãe criou baile de Carnaval da 'Felisoca'

Diagnosticada com paralisia cerebral, Elisa deve iniciar tratamento em Brasília e mãe criou evento solidário

Jéssica Fernandes | 10/02/2023 07:43
Elisa Quadros Jaques, de 1 ano, recebeu diagnóstico de paralisia cerebral quando nasceu. (Foto: Arquivo pessoal)
Elisa Quadros Jaques, de 1 ano, recebeu diagnóstico de paralisia cerebral quando nasceu. (Foto: Arquivo pessoal)

A gravidez foi um período marcado de felicidade para Vanessa Quadros dos Reis, de 43 anos, que antes de ter Elisa Quadros Jaques, de 1 ano, tinha perdido as duas últimas gestações. Em fevereiro de 2022,  a menina nasceu e veio o diagnóstico de paralisia cerebral que pegou a psicóloga de surpresa.

Desde então, Vanessa e o marido Joacir Jaques de Arruda viram os dias serem preenchidos por rotina de exames, consultas e sessões de fisioterapia, fonoterapia e terapia ocupacional.

O casal, que também tem um menino, organiza o evento ‘Primeiro Grito de Carnaval Beneficente da Felisoca em prol do tratamento da Elisa’ com o intuito de arrecadar fundos para levar a pequena a Brasília. O objetivo é que no próximo mês, ela comece uma nova fase de avaliação e tratamento no hospital Sarah Kubitschek.

Vanessa com o marido Joacir e o casal de filhos. (Foto: Arquivo pessoal)
Vanessa com o marido Joacir e o casal de filhos. (Foto: Arquivo pessoal)

Ao Lado B, Vanessa fala sobre o gravidez, o diagnóstico da filha e como o tratamento fora do Estado pode ajudar no desenvolvimento de Elisa. Hoje, ela afirma estar mais ‘sólida’ diante do diagnóstico, mas relata que na época foi muito doloroso saber que a ‘Felisoca’ corria risco de vida.

“A gravidez foi muito desejada, foi uma felicidade a gestação toda. Foi um choque, porque você sai daquela áurea da felicidade e se vê com o risco de perda, foi um momento de muita dor, na época foi muito doloroso”, diz.

Assim que nasceu, Elisa foi encaminhada para UTI neonatal onde ficou 25 dias. Aos poucos, a psicóloga conta que os médicos foram falando sobre o diagnóstico.

“Os profissionais vão te dão as notícias aos poucos para não minar a família. Isso (diagnóstico) apareceu com 20 e poucos dias, mas eu não tinha noção da extensão do nível de afetação, tanto neurológico quanto cognitivo”, declara.

A psicóloga explica que a menina precisa de uma série de acompanhamentos.

“A Elisa precisa de vários estímulos, porque ela tem um atraso neuropsicomotor, porque ela acabou evoluindo com quadro de síndrome de West.  Ela faz fisioterapia 5 vezes por semana, fonoterparia quatro vezes por semana e ocupacional duas vezes por semana. Além desses cuidados, ela precisa de pneumologista, onitorrincologista”, resume.

Diante disso, a família vê no hospital Sarah Kubitschek uma esperança de que a criança receba um tratamento que é referência e acesso a equipamentos de primeira linha.

“Brasília é a primeira cidade que tem um hospital totalmente inclusivo, ele é referência em reabilitação neuromotora e é 100% SUS. Fiz o cadastro e em dezembro a rede entrou em contato”, conta Vanessa.

No hospital, Elisa teria acesso a um tratamento intensivo no qual a família vê a possibilidade dela começar a andar e falar. “A gente tem esperança que ela consiga andar, falar a partir desse trabalho, por isso nossa luta para conseguir recursos”, pontua.

Os recursos são para arcar com as despesas que envolvem a viagem para Brasília, como hospedagem, transporte e alimentação. Para conseguir arrecadar, a família organiza o evento de ‘alegria e solidariedade’. O ‘Primeiro Grito de Carnaval Beneficente da Felisoca’ também é uma comemoração para celebrar o 1 ano de vida que Elisa completou no dia 8 deste mês.

A festa ter o tema carnavalesco, segundo a mãe, tem uma razão especial. Quando eu estava esperando a Elisa, quando eu estava no ápice da felicidade eu dizia que minha pequena folia estava a caminho. [...] Nossa Felisoca tá aqui, tendo batalhas diferentes, mas ela não deixa de ser uma criança sorridente, alegre”, frisa.

Serviço - O evento será realizado no domingo e estão previstos almoço com arroz carreteiro, mandioca e vinagrete, apresentações de Fernando Rique e Grupo Fama, além de bailão, bingo e pula-pula.

A entrada é R$ 30 e para adquirir os convites ou fazer as doações a chave é o CPF 910.022.811-72  (Joacir Jaques de Arruda). Crianças de até 11 anos não pagam. A família também estará realizando a venda de marmitex por R$ 20 para aqueles que quiserem passar e retirar no local.

É preciso levar pratos e talheres e será feita a venda de bebidas no local.

A festa carnavalesca ocorre na Rua Vitor Meireles, 634, Bairro Universitário. O evento começa às 11h, mas o almoço será servido das 12h às 14h.

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