Profissão: Perigo, Claudinei virou Magayver após mudar parede de lugar no braço
Há 10 anos ele recebeu o apelido do protagonista da série: MacGayver um agente secreto solucionador de problemas impossíveis
E foi sendo um solucionador de problemas que Claudinei Dias da Silva ganhou o título de Magayver, com uma escrita um tanto diferenciada, em Campo Grande. Há 10 anos ele ganhou o apelido do protagonista MacGyver da série de televisão americana de ação-aventura “Profissão: Perigo”, que fez sucesso na década de 90 de com sete temporadas.
No enredo, o personagem é o agente secreto Angus MacGyver, que trabalha como “um solucionador de problemas” para a Fundação Phoenix em Los Angeles e como agente para o Departamento Governamental de Serviços Externos (DXS), ambas fictícias. Educado como cientista, ele serviu na Guerra do Vietnã como técnico da brigada antibombas.
Versátil e possuidor de um conhecimento enciclopédico de ciências físicas, MacGyver resolve problemas complexos ao criar coisas a partir de objetos comuns, grande parte das vezes com a ajuda do seu canivete suíço. Diferente do americano, o Magayver campo-grandense não tem canivete, mas conseguiu até mover uma parede de lugar.
“O pastor disse que precisava aumentar o espaço da cozinha da chácara onde ficávamos. A ideia era construir outra parede, mas não tinha muito dinheiro para comprar os materiais. Aí, quebrei no teto, enfiei umas madeiras na parte do chão e com a ajuda de alguns amigos, levantei e consegui mover a parede de lugar”, conta ele rindo da situação que passou. E foi então que recebeu o apelido que tem hoje.
Magayver morou nas ruas por mais de 10 anos, foi usuário de drogas, mas com a ajuda do pastor e amigo, Milton Marques, diz ter conseguido abandonar o vício. No começo foi complicado porque não tinha uma profissão para conseguir emprego, mas como estava determinado, resolveu ser o faz tudo. “Tudo que perguntavam, eu dizia que sabia”, comenta.
“Muitas vezes, não fazia ideia de como era, mas temos a internet que ajuda. A primeira vez que eu disse que sabia foi fazer uma tampa de panela. Na época, morava na chácara e não tinha tampa, aí decidi cortar zinco e usei um plástico de energia para transformar na tampa”.
Hoje aos 42 anos, Magayver faz de tudo um pouco. Já foi açougueiro, caminhoneiro, inventor, músico e até cantor. “Teve uma vez que minha esposa disse que queria um sofá e como estava apertado, peguei alguns paletes e fiz um sofá. Sou líder da gravação de um CD da igreja, e agora sou o Magayver do ar condicionado”, afirma.
Após se livrar das drogas e recomeçar do zero, ele faz de tudo para continuar no caminho certo e servir de exemplo para outros passam ou passaram pela mesma situação. “Me sinto na obrigação de continuar em pé para mostrar que é possível. Coragem sempre tive, sei que dá para fazer algo”.
Ele agora também soluciona problemas com o calor, montou o Magayver do ar condicionado e atende em todas as regiões da cidade.
“Ele é mil e uma utilidade, é um cara que faz e chega a ser chato de tanta responsabilidade que tem. Está construindo a carreira e vida, é um grande profissional”, destaca o pastor Milton sobre o fiel e amigo, Magayver.
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