Reconhecido por embaixador, William quer ser o melhor sushiman

Nascido em Dourados, William Utida, de 32 anos, já recebeu reconhecimento do embaixador do Sushi no Japão, e quer ser o melhor sushiman do mundo até 2030. Ele trabalha no ramo há 15 anos, foi responsável por representar Mato Grosso do Sul no Festival do Sushi de 2024.

Formado inicialmente em Nutrição, William relata que sua trajetória na cozinha começou no restaurante da família, o Utida Sushi Bar. Com a abertura do empreendimento, todos se disponibilizaram a ajudar como podiam, e assim, ele teve a oportunidade de aprender a fazer sushi.

Com o tempo, William conta que o interesse pelo prato oriental foi crescendo, principalmente quando experimentou, pela primeira vez, diferentes sabores do sushi. Dessa forma, ele passou a buscar diversos cursos para se especializar.

A busca pela profissionalização na culinária levou o sushiman até o AJSA (All Japan Sushi Association) Sushi Skill Institute, ministrado pelo Sensei Hirotoshi Ogawa, nomeado pelo governo japonês embaixador do Sushi no Japão, diretor-executivo da World Sushi Skills Institute e organizador da World Sushi Cup Tokyo.

Lá, recebeu do Sensei um certificado do Instituto, das mãos de Hirotoshi Ogawa. “O certificado de maior relevância com certeza é o da AJSA. Com isso, eu tenho um reconhecimento mundial para poder fazer sushi”, expressa.

A busca pelo título de “melhor sushi do mundo” foi uma iniciativa do irmão, Douglas Utida, que teve a visão de transformar o Utida Sushi no melhor sushi do mundo até 18 de junho de 2030. A cada dia que passa, William garante que sente estar dando um passo mais perto de alcançar esse objetivo.

“Acredito que essa visão foi um presente de Deus, uma missão que recebi para elevar a culinária japonesa a um patamar de excelência global. Estamos trabalhando incansavelmente para aprimorar nossas técnicas, garantir que utilizamos ingredientes da mais alta qualidade e oferecer um serviço excepcional”, declara.  

William também foi responsável por representar Mato Grosso do Sul no Campeonato Brasileiro de Sushi deste ano. O evento foi dividido em três dias, com direito a um workshop sobre a cultura, história e a tradição do sushi.

O sushiman relata que no campeonato acontece a prova do Katsuramuki, que é uma técnica de corte, limpeza e abertura do peixe, o prato de sashimi e por último a etapa edomae. No terceiro dia, apenas 10 participantes são selecionados para a etapa criativa.

“Essa foi a minha primeira participação em um campeonato de sushi, e foi um grande desafio para mim, nunca senti tanta pressão para fazer um sushi. Lá não é uma competição entre os profissionais, mas sim contra si mesmo, pois é avaliado a sua técnica, manipulação de ingredientes, seu trabalho e desperdícios”, compartilha.

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