Rubens morreu, mas último pedido conseguiu reunir a família inteira
Rubinho pediu pela união e, hoje, evento dos primos se tornou tradição “sagrada”
Há quatro anos, o último pedido feito por Rubens Silva de Moraes se transformou em algo sagrado. Tendo partido aos 33 anos, Rubinho contou que seu sonho era ter a família reunida e, por isso, os primos se movimentaram para garantir que o desejo se tornasse realidade.
Explicando sobre como o legado deixado pelo irmão foi justamente a família, Eliza Aparecida de Moraes conta que tudo começou há oito anos. “Foi uma morte repentina, ele teve um enfarte aos 33 anos e partiu no dia 21 de setembro de 2015. Nos grupos, ele sempre pedia para fazermos um almoço e juntar a família novamente, mas não deu tempo”.
Na época, o susto foi muito grande e a melhor forma de homenagear o irmão foi com uma pequena reunião na missa de 7º dia. “Grande parte da família se reuniu, mas não todos porque alguns moram mais longe. A partir daquele dia, começamos a nos unir mais com almoços”.
E, durante um dos almoços, Jéssica Moraes, uma das primas, decidiu que iria cumprir a promessa que fez durante o período de luto. “Ela disse que iria tentar trazer cada vez mais primos para o nosso encontro. Ninguém desiste e hoje estamos cada vez com mais pessoas”, diz Eliza.
No primeiro encontro, o grupo era pequeno, mas neste ano, em sua quarta edição, foram reunidas mais de cem pessoas. “Como toda família, temos nossos desentendimentos, mas fazemos de tudo pela união e pelo perdão. Se hoje essa união existe foi pela triste partida de Rubinho e pela força de vontade da Jéssica”.
Também prima de Rubinho, Tatiane Nunes de Moraes conta que o desejo acabou sendo repassado para cada um dos integrantes da família.
“Antes dele morrer, ele me falou sobre essa vontade, que queria muito essa reunião. A gente ficou perdido quando ele se foi, mas nos recuperamos aos poucos e a gente não deixa de se ver por nada”, conta Tatiane.
Por alguns familiares morarem em outras cidades, ainda faltam integrantes para as reuniões anuais, mas Eliza garante que o projeto é seguir aumentando o evento e conseguir trazer todos para Campo Grande.
Sobre o afastamento, ela explica que alguns primos se viam apenas quando crianças e que alguns desentendimentos geraram a quebra dos encontros. “Coisa normal de toda família, mas algumas pessoas ficaram sem se falar, sem se ver. Agora, a gente quer continuar acabando com isso. Tudo pelo Rubinho”.
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