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Comportamento

Seja para melhor ou pior, celular afeta convívio de 85% das pessoas

Para eles, aparelho tecnológico tem aspectos bons e ruins na dinâmica do relacionamento

Jéssica Fernandes | 16/01/2022 08:35
Pessoa segura o celular, enquanto olha rede social. (Foto: Henrique Kawaminami)
Pessoa segura o celular, enquanto olha rede social. (Foto: Henrique Kawaminami)

O celular e as infinitas possibilidades que oferece às pessoas têm pontos positivos e negativos. O aparelho tecnológico facilita e muito a nossa vida no cotidiano, porém ele também pode acabar nos atrapalhando em determinadas situações. Enquanto tem o poder de reduzir distâncias e aproximar as pessoas, o celular também consegue ser o motivo de distanciamento dentro de casa, com o grupo de amigos e entre casais.

Enquete realizada nesta semana pelo Campo Grande News trouxe o seguinte questionamento: "Os celulares têm influenciado no convívio com quem você ama?”. Para 73% dos leitores, o aparelho tecnológico consegue interferir nas relações cotidianas, enquanto 27% responderam que não.

Para Gustavo Santos, o celular é um ótimo aliado para manter contato com a namorada que  não mora em Campo Grande. Por meio de ligações e mensagens, o casal consegue colocar o papo em dia e manter a proximidade. “Ele me aproxima de quem eu gosto, mas não posso estar perto, como minha namorada.  Ela mora em outra cidade e conversamos pelo celular, então de certa forma isso tem me ajudado”, conta.

Em contrapartida, o aparelho consegue ser fruto de dor de cabeça e chateação. Nas reuniões presenciais entre amigos, eles relata que muitas vezes o celular acaba sendo o foco das atenções. “Acho desagradável, porque em uma roda de amigos, muitas vezes ninguém conversa. Perdemos tempo demais no celular e em redes sociais”, afirma.

Dentro de casa, a atenção que os pais da Rafaela Flôr dão aos respectivos celulares é motivo de chateação. De acordo com ela, é comum alguns diálogos não serem desenvolvidos, pois nenhum dos dois estavam ouvindo. “Conversar com meu pai enquanto ele está olhando o Facebook é complicado, porque ele não presta atenção”, inicia.

De acordo com ela, esses momentos podem ser um incômodo e até mesmo engraçados. “Até dou broncas, quero que ele ouça o que estou pedindo, mas ele só percebe depois que já desisti de tentar falar. Tanto ele, quanto minha mãe, quando estão mexendo no celular, não escutam o que estamos falando. Às vezes irrita, às vezes é engraçado”, diz.

Já para Talita Oliveira, o celular consegue atrapalhar as conversas presenciais com as pessoas. Nessas ocasiões, os outros envolvidos também estavam mexendo nas redes sociais e outros aplicativos. “Você tem que esperar a pessoa tirar o olho do celular para responder. Essa demora até lembra a espera no whatsapp”, ressalta.

Na visão dela, o celular também consegue impactar de forma positiva o convívio com quem ama. “Às vezes é bom, se for pra compartilhar algo legal que você viu e aí dá pra acompanhar a reação da pessoa vendo aquilo. Depende como cada um vai usar”, conclui.

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