Sorte levou casal a construir amor indo da Bolívia ao Maranhão

Tendo escolhido Campo Grande para dar continuidade à história que começou há mais de uma década, Moina Salazar e Jackson Almeida contaram com os acasos do destino para se conhecerem. Enquanto o artesão é maranhense, Moira morava na Venezuela à época e, por uma sequência sortuda que poderia ser vista como azar, se conectaram na Bolívia.

“Ela estava visitando a família na Bolívia e eu estava passando por lá quando a gente se conheceu. Ela estava com um amigo meu e logo que a gente se viu, deu certo”, resume Jackson sobre o desfecho principal da história. Agora, em Mato Grosso do Sul, os dois relembram como rodaram por muitas estradas até se apaixonarem pelo cotidiano envolvendo araras e tucanos em Campo Grande.

Retornando ao início da narrativa, Jackson explica que tudo começou quando passava uma temporada no Acre. “Eu estava trabalhando com artesanato lá, já tinha saído do Maranhão. Na época, um francês queria comprar dois colares meus e, na sorte, tentei vender por R$ 1 mil. Lembro que ele ficou pensando, disse que ia resolver algumas coisas e que depois a gente podia conversar”.

Foi ali que começou a sequência de sorte que, na época, pareceu mais azar para Jackson. Em algum momento, o colar que estava sob negociação foi furtado na rua e revendido para outro artesão. No fim das contas, o turista francês retornou para o Acre e, ao invés de pagar os R$ 1 mil de Jackson, conseguiu a peça por R$ 20.

“Ele brincou e disse que era para o colar ser dele de qualquer jeito, mas me ofereceu um trabalho. Ele tinha uma loja e estava no ápice das sementes, falou que queria que eu fosse até Cusco para trabalhar com ele”, explica o artesão.

Acompanhado de um amigo, Jackson aceitou a ideia e viajou para o Peru. Chegando lá, não encontrou o empresário e decidiu viajar pelo país. Ao fim, retornou para Cusco e, encontrando o francês, acabaram se tornando amigos.

Sem a necessidade de ficar por lá, a ideia foi continuar na estrada e aproveitar os caminhos que fizeram com que saísse do Acre. Por fim, o destino foi a Bolívia.

“Eu fui para lá, tinha alguns conhecidos e, na época, a Moina morava na Venezuela. Mas, especificamente naquele período, estava visitando a família na Bolívia e foi assim que a gente se conheceu”, diz Jackson.

Unindo as pontas que tiveram início no Maranhão e na Bolívia, ele narra que a paixão foi certa. A partir dali, os dois continuaram as aventuras, mas juntos.

Por um tempo, viveram na Bolívia, mas depois decidiram se mudar para o Brasil. Por aqui, já rodaram as estradas de diversos estados, tendo ficado por um bom tempo na Bahia.

Com a correria do cotidiano e três filhos, o último destino foi Campo Grande, mas sempre mantendo o gosto por viajar ativo. Hoje, Jackson narra que os dois acabaram criando mais raízes por aqui, mas que com uma Kombi conseguem manter as aventuras que garantiram que os dois iniciassem suas histórias.

Trabalhando como artesãos, os dois se dedicam a levar os produtos para feiras e, é claro, a da Praça Bolívia é uma das mais significativas.

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