Thomaz partiu e deixa saudade para amigos da Rua 7 de Setembro
Fundador do Thomaz Lanches está sendo velado nesta segunda-feira (11) no Parque das Primaveras
O empresário mais querido da Rua Sete de Setembro partiu na manhã desta segunda-feira. José Thomaz, fundador do Thomaz Lanches, descansou, aos 98 anos, rodeado pelo afeto e a companhia da família. O velório começou às 11h no Parque das Primaveras onde a viúva, os seis filhos, netos, bisnetos e amigos estão reunidos.
Patriarca da família, o libanês teve a história marcada pela simplicidade e humildade que manteve e passou adiante para os filhos. Em 1978, José abriu a loja na Rua Sete de Setembro que era uma singela ‘portinha’ antes de expandir o espaço e ganhar uma segunda unidade na Avenida Bom Pastor.
O atendimento baseado na confiança e o jeito único do comerciante conquistaram clientes ao decorrer das décadas junto com as famosas esfihas. Longe do negócio há sete anos, seu Thomaz saiu de trás do balcão da loja que amava para ficar em casa com a esposa.
José Thomaz Filho, de 60 anos, o Zezo, é quem dá continuidade aos negócios ao lado do irmão Ricardo Thomaz. Para ele, o pai deixa uma lição de vida baseada no respeito. “O maior legado dele é o próprio comportamento. Ele sempre foi muito carinhoso com as pessoas sem distinção, essa questão de ele ser muito família e confiar nas pessoas, então nosso maior compromisso é exatamente esse”, afirma.
Emocionado, José relata que nos últimos meses a família se preparava para essa partida. “Eu acho que ele nos preparou para nos deixar, a gente teve a oportunidade de conviver com ele todo esse tempo sempre junto, ele vai deixar saudade”, comenta.
O domingo (10) foi marcado mais uma vez pelo encontro de filhos, netos e bisnetos na casa dele e da esposa Marina Mazzini Thomaz. Um dia antes de falecer, José estava rodeado pelos seus. Esse momento é recordado pelo neto Rodrigo Thomaz, de 38 anos.
“Ontem mesmo nós reunimos toda a família e podemos nos despedir dele ainda em vida. Claro que a tristeza é grande, mas a gente pensa que ele está descansando em um lugar muito melhor como ele merece”, diz.
No velório, Rodrigo também cita o legado do avô e como ele reflete no comércio do Centro e entre os familiares. “Tudo que ele nos ensinou foi que temos que ser pessoas íntegras e tratar todo mundo da melhor maneira possível sempre respeitando e acreditando nas pessoas. O próprio comércio que ele criou demonstra isso. O ensinamento que ele nos deixou é que a gente tem que honrar o legado que ele deixou pra nossa família”, fala.
Vanderlei Barros, de 53 anos, conheceu o simpático comerciante de sorriso largo quando era criança. O pai e avô dele também abriram comércio na mesma rua e a partir disso teve início a convivência de Vanderlei com Thomaz e os filhos.
O empresário era um dos amigos da família presentes na manhã desta segunda-feira. À reportagem, ele fala que o sentimento de luto se estende para os demais comerciantes que o conheceram. “A família da Sete de Setembro vai sentir muita falta”, declara.
Vanderlei destaca que a solidariedade é um dos laços que uniu desde o começo os comerciantes da região. “Nós somos uma grande família, estamos sempre cuidando um do outro, vai fazer muita falta. Meu pai também era libanês, todos nós viemos do Líbano, então todo mundo se ajudava muito”, pontua.
O patriarca deixa a esposa Marina Mazzine, de 82 anos, seis filhos, netos, bisnetos, amigos e funcionários.
O sepultamento está marcado para as 16 horas, no Parque das Primaveras.
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