Todo dia é "tbt" para quem mata as saudades através de fotos e vídeos
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Desde que o período de isolamento começou não existe mais dia específico de TBT. Agora, tudo faz a saudade bater à porta e apertar o peito ao recordar dos momentos passados ao lado de pessoas queridas. Às vezes, a única vontade é de sair correndo para dar um abraço, porém por questão de segurança, é melhor aguentar firme só mais um pouquinho.
Sabrina Fernandes está tentando suportar a saudade da família, que mora em Ilha Solteira – SP. Por isso, costuma olhar uma foto que tirou ao lado dos pais, Valmir Fernandes, Luiza Elena Marques e de uma irmã. O registro foi feito antes da epidemia do coronavírus e é guardado com muito carinho. Foi um momento marcante, que aperta o peito toda vez que vê a imagem.
“Minha família é a minha base, é aquele colo que sempre está à disposição. São aqueles que sempre vão me aceitar e me amar do jeitinho que sou, sem julgamentos. Sou muito apegada à ela, então sinto muito a falta de todos”, diz.
Sabrina trabalha com marketing digital e mora em Campo Grande há quase seis anos. Veio com o esposo, mas deixou um pedaço de seu coração na cidade natal. Antes do coronavírus, costumava visitar a família com frequência, porém quando a epidemia começou, resolveu se isolar.
“A vida é somente uma, depois que tudo acabar, vamos nos ver novamente e matar a saudade. Mas, entendo que esse distanciamento é necessário e quero vê-los bem. Não quero arriscar a vida deles e tem os meus sobrinhos também que estão em risco”, comenta.
Agora, quase um mês depois sem contato direto, a saída é conversar por chamada de vídeo. No entanto, o ruim é passar os aniversários sem poder dar e nem receber aquele abraço apertado. Ontem, o pai de Sabrina completou mais um ano de vida. Até recebeu os parabéns, mas não foi a mesma coisa de quando a filha está presente.
“Em dias de aniversários comemoramos com churrasco e bolo. E em dias normais, quando estamos reunidos, aproveitamos para ficar no sítio, pescamos e vamos à prainha da cidade”, conta Sabrina sobre a rotina da família.
A saudade também aperta o peito quando ela lembra da mãe, Luiza Elena, mas a esperança podê-la encontrar novamente, o quanto antes, conforta o coração. “Dia 18 é o aniversário dela”, recorda Sabrina.
Questionada sobre o que mais sente falta, ela diz. “O que mais me marca é o abraço do meu pai e da minha mãe. Um abraço apertado que representa muito para mim”, destaca.
Quem também não vê a hora desse período de isolamento acabar é Edson Lopes. Ele é funcionário público e há 19 dias não vê a netinha Allana, de 7 anos. “Sou da área de risco. Tenho problemas cardíacos e diabetes. Ela sente muito a ausência desse avô babão. Sempre tivemos uma boa relação, a gente nunca se separa. É minha riqueza”, diz.
Edson conta que quando está com a neta, costuma passear no shopping ou se divertir em casa. “Comemos lanche, tomamos sorvete e vamos em festas”. No entanto, se é pelo bem de todos, vale a pena manter a distância. “Tento não a deixar correr risco”, afirma.
Apesar de não estar presente, avô e neta tentam manter a comunicação através do celular. “A gente se fala por chamada de vídeo, pelo menos duas vezes ao dia”, comenta Edson.
O avô já faz planos para quando tudo voltar ao normal. “Quero fazer um churrasco em casa, ir ao shopping ou mesmo um passeio no sítio da sogra, em Bodoquena. A vontade da Allana é ir ao balneário”, relata. Essas são algumas das alternativas para matar a saudade da neta.
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