Unida pelo HU, amizade de 30 anos é mantida com encontro ‘sagrado’

Há um ano, o “Café das Amigas do HU” se tornou um encontro sagrado para as mulheres que se conheceram faz mais de 30 anos. Recuperando memórias e investindo na criação de novas lembranças, as trabalhadoras dividiam o cotidiano no Hospital Universitário e, após se aposentarem, fizeram questão de recuperar a amizade que poderia ir embora.

Com direito a camiseta temática, o encontro de comemoração foi realizado nesta quinta-feira (31) e serviu, mais uma vez, para cada uma das mulheres contarem sobre a sorte que sentem. “A gente almoçava juntas, dividia plantão, era um convívio de verdade de segunda até sexta. Só no fim de semana que a gente descansava uma da outra”, brinca Jussara Aparecida Camargo.

Integrando o grupo, Cristina Aparecida Barbosa da Silva explica que as mulheres se dividiam entre os setores de Enfermagem e Administração do hospital. E, na época, todas sabiam que a conexão iria durar por muito tempo.

Apesar da correria do dia a dia, cada uma encontrava um momento para compartilhar a parceria. “A gente se via e fazia questão de passar um tempo juntas lá. Quando fomos nos aposentando, acabamos nos distanciando”.

Cristina explica que ela deixou de trabalhar há mais de dez anos e, apesar de manter contato com uma ou outra, a dinâmica se tornou diferente. A questão é que a saudade falou mais forte e, procurando modos de reunir a turma, o café das amigas surgiu como solução.

Inicialmente, o contato foi sendo retomado em números menores, com quatro ou cinco participantes. Hoje, o grupo do WhatsApp é composto por 15 integrantes, todas mulheres que dividiam o expediente no HU.

De acordo com Cristina, nem sempre todas conseguem participar das reuniões, mas fazem questão de presenciar ao máximo os eventos. “Essa é uma regra que a gente tem. Às vezes, acontece algum imprevisto e entendemos, mas é importante que a pessoa se esforce e venha”.

Sobre a amizade ser mantida por tanto tempo, a aposentada comenta que o carinho coletivo é a principal chave. “A gente sempre teve esse respeito, esse gosto uma pela outra, acho que isso faz diferença”.

Confirmando que o carinho se destaca, Geisa Brum é uma das amigas que nem mora mais em Campo Grande. Ainda assim, de tempos em tempos ela decide vir até a cidade e não perde a reunião.

Mais recente no grupo, Ieda Gomes da Silva completa que ter voltado a se reunir com as colegas de trabalho fez mudanças em sua vida. “Eu estava passando por momentos difíceis quando voltei a ver elas e posso dizer que o apoio que elas me deram fez tanta diferença. Você se sentir querida, apoiada, é muita sorte”.

Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News.