'Fissurados' lotam Parque das Nações para formar maior roda de tereré do mundo
Tombado em 2011 como patrimônio histórico e cultural de Mato Grosso do Sul, o tereré reuniu pelo menos 10 mil pessoas no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, neste domingo (5). Destas, cerca de 1,1 mil formaram uma roda considerada a maior do mundo pelos organizadores do evento.
“A ideia de fazer essa roda surgiu no ano passado, quando o tereré foi tombado como patrimônio histórico e cultural. Chegamos ao número esperado de pessoas antes do previsto este ano”, comenta Alex Bacheca, organizador do evento.
Segundo Bachega, o objetivo da rádio que promoveu a roda é dobrar o número de participantes de 2013. “Pensamos em valorizar a cultura sul-mato-grossense”, afirma.
A fila para entrar na roda de tereré foi extensa e começou a se formar por volta da 11h. Apesar disso, os mais ‘viciados’ pela bebida chegaram bem mais cedo no local e, alguns, até acamparam na entrada do parque.
O estudante Carlos Gavilan, de 22 anos, foi o primeiro a chegar no local. Ele e alguns amigos jogavam baralho na noite de sábado (4) quando decidiram seguir para o Parque das Nações e acampar no portão.
“Acordo e durmo tomando tereré. É um vício”, garante o estudante, que levou três sacos de gelo, garrafas e cinco pacotes de erva para o evento.
O encontro também reuniu famílias. A consultora educacional Leila Maciel, de 39 anos, foi convencida pelos dois filhos, Julia e Eduardo, a ir até a roda.
“Tomamos muito tereré, desde sempre. Eles que me perturbaram para vir”, diz.
Tereré para abrir o apetite - Além de refrescar o calor, o tereré também tem seus benefícios nutricionais, segundo a corretora de seguros Valéria Leão, de 30 anos.
“Tomo tereré todo dia às 10h para abrir o apetite”, conta.
Valéria e os outros 13 membros de sua família fugiram do calor, que castigou os participantes do evento, e escondeu-se sob uma das árvores do parque.
“Nós estávamos na roda, mas preferimos fugir do sol”, finaliza.