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Consumo

Centenária, fazenda abriga vazante de família que desbravou Nhecolândia

Paula Maciulevicius | 24/11/2016 06:15
De Paulino Luiz de Barros a Nildo José de Barros, hoje a fazenda chega ao netos que carregam o mesmo sobrenome e se apresenta como Pousada Mangabal. (Foto: Fernando Barros)
De Paulino Luiz de Barros a Nildo José de Barros, hoje a fazenda chega ao netos que carregam o mesmo sobrenome e se apresenta como Pousada Mangabal. (Foto: Fernando Barros)

A 270 quilômetros de Campo Grande, a fazenda centenária abre a porteira para visitantes no Pantanal da Nhecolândia. O que tem de belo cenário, a Pouso Alto também tem de história. Em Corumbá, os 6,8 mil hectares abrigam a vazante que desagua no Rio Negro e que é testemunha do amor ao Pantanal ao longo das três gerações.

De Paulino Luiz de Barros a Nildo José de Barros, hoje a fazenda chega ao netos que carregam o mesmo sobrenome e se apresenta como Pousada Mangabal. "Era do meu avô, passou para o meu pai e hoje está com a minha mãe , comigo e meu irmão", conta o empresário Fernando Lima de Barros, de 54 anos.

No final da década de 90, a família resolveu aproveitar as casas de funcionários que estavam paradas para transformar o local em pousada. "Resolvi unir o gosto que já tenho pela fazenda e abrir a pousada", narra Fernando. 

Com quatro apartamentos, Mangabal funcionou até meados de 2012 e depois suspendeu as atividades com a morte de Nildo, em 2013. No ano passado, reformas e melhorias passaram a ser feitas para que Mangabal voltasse a receber visitantes, o que só foi se concretizar neste ano.

Seu Nildo, da segunda geração e que partiu em 2013. (Foto: Arquivo Pessoal)
Seu Nildo, da segunda geração e que partiu em 2013. (Foto: Arquivo Pessoal)

As belezas pantaneiras já começam no trajeto. Para chegar à fazenda, o acesso é pela estrada que entra pela cidade de Rio Negro, 60 quilômetros depois do Leilão do Corixão. 

A família dona da propriedade compõe o quadro de primeiros colonizadores da região. "Meu avô veio com o fundador da fazenda Firme, seu Joaquim Eugênio Gomes da Silva, o Nheco", explica Fernando.

O objetivo de se instalarem na divisa ao Norte com o Rio Taquari, ao Sul com o Rio Negro e a leste com a Serra de Maracaju foi a busca por novas terras para criação de gado. "E assim foram surgindo as fazendas de quem montava a sua a três, quatro léguas da sede", completa o empresário. 

Centenária, onde hoje é pousada, Fernando já brincou muito quando menino. "Morei aqui antes de entrar na idade e escolar e mesmo indo para a cidade, eu e meu irmão sempre vínhamos em todas as férias. Sempre tivemos bastante ligação com a vida na fazenda", descreve. 

O que pode ser encontrado lá além da paisagem? Jacaré, capivara, anta, quati, onça parda, jaguatirica e fora toda observação de aves. "Temos uma grande variedade de pássaros e paisagens, campos limpos e áreas fechadas com brejos, além da vazante de Mangabal", eumera o herdeiro.

Vista da vazante. (Foto: Fernando Barros)
Vista da vazante. (Foto: Fernando Barros)
Sol deixando tudo mais lindo. (Foto: Fernando Barros)
Sol deixando tudo mais lindo. (Foto: Fernando Barros)
Final de tarde na vazante mangabal. (Foto: Fernando Barros)
Final de tarde na vazante mangabal. (Foto: Fernando Barros)

O curso de água, em épocas de cheias pantaneiras, chega a ser bem fundo e corre em direção ao Rio Negro. "Essa região de vazante que concentra mais os bichos pela umidade", indica Fernando. 

Entre os serviços oferecidos aos turistas, a Mangabal tem cavalgada em parceira com outras fazendas superior a 10 dias.

As fotografias do lugar vem do próprio Fernando, fotógrafo por paixão, que desde os 17 anos nutre a paixão pelas lentes e pelo que ela é capaz de registrar. "Depois dos 30 que eu fui tomar conhecimento do ecoturismo ligado à fotografia de natureza e aí fui me interando mais e vi que dava para aliar", pontua.

Tendo feito cursos na capital paulista, Fernando se voltou a registrar o que lhe sempre foi inspiração: o Pantanal. "Fui me interessando e o Pantanal pra mim é tudo. É meu estudo, eu vou me desenvolvendo por ali, junto com a pousada e os fotógrafos que a visitam", diz. E claro que a fotografia não podia faltar. A pousada também oferece caminhada e o safari noturno, mas é bom reservar, porque a estrutura comporta até 16 turistas por vez.

"O que a fazenda é para mim? Meu lugar de trabalho, onde eu gosto e me sinto bem. É meu canto, minha casa", define Fernando. Informações sobre diárias e hospedagem podem ser tiradas pelo Facebook.

Ninho de tuiuiú. (Foto: Fernando Barros)
Ninho de tuiuiú. (Foto: Fernando Barros)
Por dentro da sede. (Foto: Fernando Barros)
Por dentro da sede. (Foto: Fernando Barros)
Vazante vira cenário incrível para fotos. (Foto: Arquivo Pessoal)
Vazante vira cenário incrível para fotos. (Foto: Arquivo Pessoal)
À espera dos turistas, café da manhã. (Foto: Fernando Barros)
À espera dos turistas, café da manhã. (Foto: Fernando Barros)
Saída de passeio. (Foto: Fernando Barros)
Saída de passeio. (Foto: Fernando Barros)
Os quartos. (Foto: Fernando Barros)
Os quartos. (Foto: Fernando Barros)
Centenária, fazenda tem de belo o mesmo que de história.(Foto: Fernando Barros)
Centenária, fazenda tem de belo o mesmo que de história.(Foto: Fernando Barros)
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