Dois brechós no São Francisco vendem peças selecionadas a preço justo
Só quem já comprou roupa em brechó ao menos uma vez na vida sabe como aquela atmosfera pode ser viciante. Araras carregam peças a preços acessíveis e, com uma boa garimpada, dá pra renovar o armário. A equipe do Lado B soube de dois novos espaços aqui na Capital, o Desapego Delas e o Brechó do Baú, ambos no bairro São Francisco..
O Brechó do Baú, da costureira, estilista e personal stylist Tatiana Ajala fica na Galeria São Jorge. O local tem dois grandes diferenciais, além do preço em conta, as peças podem ser ajustadas na hora, então acaba que a roupa fica sob medida para o cliente.
A outra vantagem do brechó é a variedade de opções plus size para os gordinhos, até o tamanho 62. Isso se deve ao fato de que Tatiana era obesa e, após fazer a cirurgia bariátrica, perdeu todo o guarda-roupa, "de acessórios a peças de roupa", diz. Esse foi um grande incentivo para montar o espaço físico do Baú.
"A gente já existia virtualmente desde 2013, só fui tomar coragem de abrir aqui em março do ano passado e contei com a ajuda da família toda, conto até hoje", explica. Tatiana já fazia reformas de roupas em sua casa e atendia clientes como personal. "Muitas roupas ficam paradas lá em casa, então já cheguei com um estoque bom".
No local é possível encontrar também roupas masculinas, acessórios para casa, produtos cosméticos da Hinode e da Akmos, sapatos, maquiagens e muito mais. O ateliê de costura divide o mesmo piso com o brechó. "A gente nem anuncia na fachada esse serviço e mesmo assim to sempre cheia de encomenda".
O ambiente é limpinho, as roupas também. Peças saem a partir de R$ 7 até R$ 40. "Eu me preocupo em vender um produto de qualidade aliado a preço justo. Eu quero trazer a ideologia do brechó para Campo Grande. Naõ dá pra cobrar muito por uma peça porque não é assim que funciona, sabe?".
Coletes, vestidos novos, semi novos, blusas básicas, descoladas. Tem de tudo ali! "O bacana é que, por exemplo,uma calça deu super certo na cliente mas a barra ficou grande demais. Eu cobro dez reais e ela sai daqui prontinha, pode até ir usando a roupa", finaliza.
O espaço fica aberto de segunda a sábado. De terça-feira à sexta funciona das 10h às 18h30, segunda abre a partir das 13h e, aos sábados, começa o atendimento das 10h às 15h. Para saber mais ligue (67) 3029-3074.
Ao lado da Santa Casa, o Desapego Delas funciona de maneira diferente. Peças novas e semi novas, masculinas e femininas, de grifes como Animale, John John, Carmin e Le Lis são vendidas até R$ 50. A dona é Margarete Espinoza, ex consumista assumida, e consegue arrecadar esses tesouros com suas amigas de longa data, que mantem o hábito de comprar muito. "Trabalha com sistema de consignados com elas", diz.
O Desapego Delas fica na casa de Margarete, em um espaço anexo. De acordo com ela, faz dois anos que o brechó está instalado ali. A rotatividade de peças é constante e para que isso aconteça, rola no começo de cada mês um bazar em que todas as roupas ficam ainda mais barata, saem de R$ 2 a R$ 20.
"No dia a dia aqui você não encontra peças a mais de R$ 50 mas como queremos inovar sempre, faço esse bazar pra limpar tudo e começar do zero", comenta. Em fevereiro, o evento acontece no dia 9.
Conforme as peças chegam, Margarete permite que as clientes fixas reservem suas preferidas. O que sobra, fica exposto no brechó. Um apanhado de roupas a R$ 2 reais divide espaço com as mais chiques, além de uma área para óculos usados, sapatos, cintos e bolsas. Uma arara reserva modelitos mais formais para festas de casamentos ou encontros mais formais.
No futuro, a empresária quer incluir seu hobbie e vender seus vasinhos de suculentas para as clientes no Desapego Delas. Por enquanto, as belezuras ficam expostas no jardim, na fachada do brechó.
O local funciona de terça-feira a sábado. De terça à sexta-feira abre às 8h e fecha às 17h. Aos sábados, das 8h às 12h. Para saber mais entre em contato pelo telefone (67) 984013174.