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Consumo

Em 2024, promessa de Nilza é ser chefe de cozinha aos 76 anos

Aprender a tocar instrumentos e empreender também apareceram como sonhos e, ao fim do ano, vamos conferir!

Por Natália Olliver | 02/01/2024 08:13
Nilza Correta de Campos quer ser cozinheira profissional aos 76 anos (Foto: Natália Olliver)
Nilza Correta de Campos quer ser cozinheira profissional aos 76 anos (Foto: Natália Olliver)

Com a chegada de um novo ano o que não faltam são planos, sonhos e objetivos. Quem deixou de fazer algo em 2023 quer aproveitar a nova chance para tentar resgatar vontades adormecidas pela rotina. É o caso de Nilza Correta de Campos, de 76 anos. Para 2024 ela deseja começar um curso de gastronomia.

O Lado B esteve nas ruas para perguntar aos campo-grandenses qual a meta de aprendizado do ano, ou seja, o que desejam aprender. O questionamento faz parte de uma série de reportagens intituladas 'Capsulas do Tempo'. No final de 2024 voltaremos a falar com as mesmas pessoas para conferir de se o sonho de Nilza, assim como dos outros entrevistados, foram concluídos.

Apaixonada pela cozinha, a aposentada cria inúmeros pratos para a família. Para realizar o sonho o desafio é encontrar um lugar bom e barato que dê a ela o título tão esperado de cozinheira profissional.

“Quero fazer gastronomia, mas muito caro. Sou cozinheira, mas só na minha casa [brinca]. Minha cozinha é minha casa. Agora que meu marido faleceu aí perdi um pouco o gosto, não faço o curso pelo mesmo valor. Gasto com alimentação que é o primeiro lugar. Não achei nada gratuito, parece que tinha em São paulo, mas como vou? Estou esperando ver se tem no Sesc”.

O companheiro deixou Nilza há dois anos e meio, mas para ela parece que foi ontem. A especialidade dela na cozinha é peixe. As receitas inventadas passeiam entre lasanha de pintado e suflê de peixe. Na lista também entram o frango ao creme de maionese e peixe ao creme de maionese.

“Minha casa só vivia cheia agora não. A cozinha é um refúgio, minha paixão. Isso está no sangue. Quando casei comprei aquele livro Dona Benta, todas aquelas receitas que  imaginar eu fiz. De lá pra cá fui criando as minhas, não sei copiar receita. Às vezes crio na hora. Eu já fiz várias receitas pras pessoas.”

Já para Marinho Carlos Mota, de 64 anos, a meta é aprender a tocar guitarra ou teclado, sonho antigo que foi sendo deixado de lado devido a correria de trabalho.

“Consegui comprar uma casa, troquei de carro, troquei de moto, então não posso reclamar de nada. Eu tenho vontade de tocar teclado ou guitarra desde que era pequeno. Só falta isso pra realizar todos os sonhos, não preciso de mais nada”.

Marinho Carlos Mota quer aprender a tocar instrumentos em 2024 (Foto: Natália Olliver)
Marinho Carlos Mota quer aprender a tocar instrumentos em 2024 (Foto: Natália Olliver)

Ele comenta que admira o sobrinho por saber tocar viola. Segundo Marinho, o motivo de não ter aprendido nenhum instrumento até agora foi, principalmente, a falta de coragem.

“Não tem nada que me impede de aprender, é mais falta de coragem. Eu admiro quem toca esses dois, acho que é muito inteligente. Meu sobrinho que é fera na viola e canta muito bem, eu acho incrível. No Natal ele roubou a cena”.

Além da música ou culinária, há quem deseja aprender a empreender digitalmente em 2024. João Vitor Negrete, de 23 anos, quer vender erva de tereré na internet. O jovem é dono de uma banca no Mercadão Municipal de Campo Grande e vive no local com a família desde os 12 anos.

Para ele, a tecnologia pede que os produtos sejam comercializados na internet para atender aqueles que já não saem de casa para comprar. “A maioria não quer sair mais, se acha na internet é mais prático. Essa é minha meta profissional para esse ano. Quero trabalhar com vendas na internet, vender erva de tereré, garrafa e acessórios”.

Meta de João Vitor Negrete é vender erva de tereré na internet (Foto: Natália Olliver)
Meta de João Vitor Negrete é vender erva de tereré na internet (Foto: Natália Olliver)

A tradição do trabalho no local é passada de pai para filho. João explica que o avô trabalhou durante 40 anos e deixou algumas barracas para os filhos, que não trocam o serviço por nada.

“Minha mãe tem 66 anos e ela trabalha aqui desde os 9. Crescer aqui é um lugar muito familiar, a maioria vai passando e pai para filho. Meu avô depois que morreu deixou bancas para vários filhos, então é um trabalho em família. Nunca pensei em fazer outra coisa. É um lugar que não morre é tradição”.

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