Frustrada com festa do filho, Daniele descobriu uma nova profissão fazendo doces
Acabamentos que beiram a perfeição levam para mesa pedacinho de temas que vão do fundo do mar até a cabine de um avião.
Praticamente “disfarçados” em meio a decoração, os docinhos feitos pela confeiteira Daniele Maluf, de 44 anos, provam que a magia acontece mesmo é nos detalhes. Capazes de levar um pedacinho de temas que vão do fundo do mar, passam pela praia ou até a cabine de um avião que está entre as nuvens até quem quer que circule pelo ambiente, são cupcakes, pães de mel, brigadeiros, beijinhos, maçãs do amor e o que mais a criatividade permitir na hora de compor a mesa.
Funcionária pública e formada em Administração, o mundo de Daniele Maluf, de 44 anos, girava em torno de toda a papelada que o emprego mais burocrático existe. Trabalhos manuais como crochê, tentativas de costura e outros tipos de artesanato sempre despertaram a atenção dela, mas nunca chegaram a ser o ponto forte de Daniele, que tinha nessas atividades mais uma forma de passar o tempo e que acabaram esquecidas no fundo da gaveta.
Já na cozinha, ela conta sempre ter se destacado, mesmo quando só cozinhava para a família. Habilidade que só virou negócio depois de ver a tão sonhada festa de um aninho do filho em frustração. “No começo não tinha condições de comprar esses docinhos mais elaborados e no primeiro ano do meu filho saiu tudo diferente do meu planejado. Então para a comemoração dos três anos resolvi aprender a fazer, foi quando os amigos começaram a pedir e comecei a ver um negócio na frente”.
Familiarizada com a cozinha, as primeiras receitas foram feitas por conta e risco, misturando um pouco de tudo o que já sabia fazer com referências encontradas na internet. Perfeccionista, até que o resultado correspondesse às expectativas, foram sempre diversas tentativas. O tema escolhido, Daniele ainda se lembra. “Eu fiz de um desenho chamado LazyTown, fui atrás de uma decoradora, fiquei apaixonada pelo tema e comecei uma pesquisa para ver o que ficaria legal, depois fiz os docinhos em cima do tema”, conta.
Desde a primeira festa até hoje, já se passaram nove anos fazendo parte dos momentos felizes da vida das pessoas com uma empresa que ela viu crescer junto com o filho, que já tem 11 anos e ainda é o principal “cliente” de Daniele. A cada aniversário de Pedro Henrique, ela se vê buscando tendências e aperfeiçoando as próprias técnicas, para deixar o dia que é só dele, ainda mais especial.
Com a agenda apertada de quem trabalha fora e com uma média de seis festas a cada fim de semana, Daniele precisou aumentar o ateliê que ainda funciona nos fundos de casa e contratar uma equipe de seis pessoas, todas treinadas por ela e que cresceu consideravelmente nos últimos anos. Com uma vida tão agitada, a conversa com o Lado B é pelo telefone, enquanto ela se arruma para mais um compromisso de um dia cheio, e ainda brinca, “ando igual a bombril, corre daqui, corre de lá, as vezes acabo esquecendo um pouco de mim. Marco e remarco os meus compromissos, preciso priorizar algumas coisas, fechar com fornecedores, atender clientes, fazer compras, mas quando acaba tudo isso eu sento para modelar, e esqueço da vida. Ligo uma série, uma música, é um momento só meu” afirma, deixando claro que além de trabalho, os doces são também terapia.
Cada docinho custa entre R$ 6 e R$ 12, de acordo com Daniele não existe uma quantidade mínima para os pedidos, o único critério é que sejam encomendados com antecedência, já que, dependendo do tema e da complexibilidade dos detalhes, podem levar até uma semana para ficarem prontos. É possível conhecer melhor o trabalho da confeiteira pelo Instagram @danielemaluf.
Você tem um produto exclusivo ou conhece um artesão local com um trabalho que merece ser visto? Tire uma foto e poste no Instagram com a #Ladobcg, estamos de olho nas redes sociais para trazer sempre o melhor conteúdo e valorizar o que é produzido aqui.
Curta o Lado B no Facebook e no Instagram.
Confira a galeria de imagens: