No estilo garage sale, amigas se uniram e organizam venda de móveis dos clientes

Por aqui o serviço é inovador, mas nos Estados Unidos as vendas em garagens já são culturais, para se livrar daqueles móveis ou peças que perderam a importância na vida das pessoas. Em Campo Grande, há cerca de 3 anos e meio a Três Estilos Garage Sale faz o meio campo entre os interessados em comprar e desapegar.

As amigas Janete Taveira, Cida Xavier e Raquel Camillo são claras ao dizer que realmente "importaram" a ideia dos Estados Unidos. "Só que nós adaptamos ao que seria possível aqui, porque lá, por exemplo, quando eles estão colocando uma casa pra alugar ou vender eles fazem o 'open house', que seria deixar a casa aberta a visitação e quem quiser comprar os móveis já negocia com o responsável. Tudo fica a venda. Conosco, só deixamos a venda o que o cliente quer vender, o que não cabe ou o que já não serve mais pra ele", explica Raquel.

Elas fazem o intermédio destas vendas e ganham pro comissão. "O cliente pode ou não fazer a venda por meio da Três Estilos ou optar por vender ele mesmo", completa. A especialidade delas é, na verdade, levantar os preços e organizar os móveis e peças decorativas. Quem contrata tem direito até mesmo a relatório com valores dos itens. 

A vontade de montar um negócio próprio só foi possível porque as três amigas estão aposentadas e, pro sempre terem gostado de decoração, encontraram uma baita de uma oportunidade juntas. "O bacana é que, como o próprio nome já diz, cada uma tem um estilo diferente, então isso nos ajuda a entender melhor do tema com o que escolhemos mexer", diz Janete. 

Os bazares acontecem em três dias, geralmente quintas, sextas e sábado, e o local da venda geralmente é na casa da pessoa. "Mas já aconteceu de ser no salão de uma igreja, por exemplo, porque não cabia tudo da pessoa em sua casa", reiteram.

Elas dizem que também há a possibilidade de fazer um bazar coletivo, ou seja, várias pessoas interessada combinam um dia bom para o evento e a Três Estilos faz esse meio campo. 

Os preços são, pelo menos, sempre abaixo de 70% do valor de mercado. A intenção é vender tudo porque geralmente não dá pra voltar nenhum móvel para a casa de quem as contratou. "Os artigos estão sempre conservados, não colocamos nada estragado no bazar, por exemplo", diz Janete.

De móveis modernos a peças raras, antigas,de eletrodomésticos importados e eletrodomésticos retrôs, tudo vai depender do estilo de quem as contrata. O valor, que importa, é sempre abaixo do mercado. 

O pagamento costuma ser feito por dinheiro, cheque ou, raras vezes, na máquina de cartão. "Porque os preços são tão em conta que não vale a pena as vezes pagar o juros da máquina", completam as amigas.

O próximo bazar está programado para o mês de outubro, mas sem data definida ainda. Para conferir as próximas datas acesse o Instagram pelo user @tresestilos.

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