Após 16 anos como point universitário, “vende-se” anuncia fim do 21 Music Bar
Bar não tem programação desde abril, exibe uma enorme faixa de vende-se na fachada, mas dono diz que procura sócio para reabrir
Último evento no 21 Music Bar ocorreu em abril, desde então, os boatos têm circulado no Whatsapp e no Facebook, sobre o fim de 16 anos de história na cena musical de Campo Grande. Os rumores foram alimentados pelo silêncio nas redes sociais, que há quase três meses não recebe atualizações, e agora uma enorme faixa de "vende-se" anuncia que o lugar vai, no mínimo, mudar de dono.
Nos longos anos de estrada, sob a direção de um único dono, o bar ficou conhecido pelas quintas-feiras universitárias, responsáveis por movimentar a cidade durante a semana ao som dos Mochileiros. Aberto aos domingos, também virou o point da turma que ganhou um ambiente para curtir pagode do lado de dentro e descer até o chão ao ritmo de funk na área aberta.
Pelo palco, já passaram bandas como A banda Mais Bonita da Cidade, 1kilo, Fresno, Maneva e outros grandes nomes do cenário nacional, assim como abriu espaço para artistas locais e projetos como a “Batalha de Bandas” e o “Revival”, festival que incentiva a produção de música autoral na capital.
Procurado pelo Lado B, o dono da casa noturna, Leonardo Merjan, não confirmou os rumores do público apesar da placa de vende-se bem à vista de quem quer que passe pelo número 160 da Rua São Vicente de Paula. Inicialmente, o empresário usou a reforma do espaço como justificativa para as portas fechadas há tanto tempo, mesmo sem nenhuma obra aparente, mas quando questionado sobre o anúncio na fachada do estabelecimento, a explicação foi outra.
Segundo Leonardo, a venda não se trata do fim e sim de uma nova era para o 21 Music Bar, que em breve deve ganhar um novo sócio. Ainda em fase de negociações, o empresário não revelou o nome do novo parceiro comercial, mas conta que falta apenas a assinatura do contrato para tornar oficial a sociedade.
“Reabrindo a casa com um novo sócio em mais ou menos um mês. Estamos conversando para saber o que faremos do espaço. A casa não tem nenhuma dívida, é realmente uma estratégia, uma tentativa de melhorar a marca 21 e atrair um público maior.”, explica.
Por trás de outros empreendimentos conhecidos na cidade, como o Imakay e o Receita 00, Leonardo diz que durante o crescimento dos restaurantes “acabou faltando tempo” para marca 21 e um novo sócio à frente do negócio daria à casa noturna a atenção merecida. Apesar do passo atrás na administração, ele também garante que não deixará o bar do qual foi responsável por 16 anos.