Bailes do Rádio Clube ficaram na memória com traje de gala e rainhas
Em livros de memória e grupos de redes sociais, as festas são sempre resgatadas com nostalgia
Quem gosta de reviver ou conhecer as histórias de Campo Grande acaba se conectando com o Rádio Clube de uma forma ou outra. E, no #TBT de hoje (30), a vez é de mergulhar nas memórias de quando o clube quase centenário sediava bailes de gala, coroava ‘rainhas’ e tinha até grupo musical.
Espalhadas por grupos de redes sociais como o “Anos Dourados Campo Grande - MS” e livros de memórias do próprio clube, fotografias transportam para épocas totalmente diferentes da atual. Nesse caso, são as famosas festas realizadas pelo Rádio Clube (RC) que representaram tradição durante anos.
Em entrevista ao Lado B para contar sobre a história do clube (veja aqui), o presidente Sidnei Barboza comentou que os bailes realmente são característicos da então sociedade. Prova disso é que em um dos livros produzidos pelo RC, encontramos as fotografias e explicações sobre esses ritos.
Desde o início do RC, nas décadas de 1920 e 1930, as festas já se integravam ao calendário do clube. No livro de memórias, os organizadores contam que essas festas eram realmente esperadas pelos frequentadores.
Na lista de festividades, o cronograma possuía desde bailes de Réveillon até os ‘bailes a rigor’. “O povo que não era sócio do Rádio Clube ia em grande quantidade, realmente, para ver as portas do Rádio Clube, se apertando para ver e comentar os belos vestidos e a beleza das pessoas, que iam aos bailes ‘a rigor’ e nos grandes bailes, inclusive nos carnavais, para ver as fantasias’, descreve o livro de memórias.
Além desses citados, outras festas esperadas e que levavam a ‘alta’ sociedade para o salão do RC eram as de Natal que também se tornaram tradicionais. E, por serem festividades que se destacavam tanto, até músicos próprios o clube reunia.
“Grandes bailes exigiam grandes orquestras ou grandes intérpretes”, resume o livro de memórias. Citando exemplos, estiveram nas apresentações do RC músicos como: Nelson Gonçalves, Roberto Carlos, Trio Los Panchos, Cassino de Sevilha, Juca Chaves, Trio Cristal e Simonal.
Além desses, que vinham de fora para compor a atmosfera, o clube também construiu uma orquestra própria. E, falando sobre como as festas eram importantes, uma ata do dia 1º de junho de 1953 determinou que haveria um cronograma de festas.
Na listagem, a definição era de bailes dois sábados por mês, quatro domingueiras, que seriam realizadas das 10h às 12h30, e uma vesperal infantil por mês.
Outras fotografias também resgatam as festas típicas como o baile de São João com direito a fantasias e decoração no RC. E, ainda mais diferente do que vemos hoje, são os bailes de Primavera.
“Era precedido por longas expectativas e preparativos pois, nele, não só a decoração era especial, como também havia a eleição e coroação da Rainha e das princesas da estação”, registra o livro de memórias.
Confira a galeria de imagens:
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