Coletivo de rock quer organizar a cena underground de Campo Grande
Dois cansados de testemunhar a desorganização dos rolês de rock vão tentar agora sistematizar os shows na Capital
Tenho muitos amigos e conhecidos que frequentam bares e shows de rock em Campo Grande, todos reclamam da mesma coisa: a falta de organização e união das pessoas quem fazem parte da cena.
Cansado de testemunhar isso, um mano das antigas na cena underground, o Artur Jorge Bicudo, junto de um amigo, o Alex Primo resolveu criar um coletivo para incentivar shows e rolês de rock aqui na Capital, é o Caveira Velha.
“Frequento a cena underground de rock em Campo Grande desde 1997, tenho uma banda de grind core com amigos e sempre esbarramos nessa desorganização. Os bares começam e terminam e as pessoas ficam órfãs disso.
O que a gente quer é isso, criar um sistema que mantenha os shows com frequência e que as pessoas que gostam de rock possam ir”, diz Artur.
Segundo o Artur, existe sim um público em Campo Grande para alimentar uma cena underground robusta, mas é preciso educar as pessoas. “Em Campo Grande, muitas vezes, mas pessoas não querem pagar, mas os artistas vivem disso, precisam de grana pra isso”.
Assim como tem publico, Artur reforça que há bandas e artistas o suficiente pra oferecer a essa cena. “Tem muita banda, e não só de Campo Grande, do estado todo, tem muita coisa boa no interior”.
Programador de profissão o criador do coletivo explica que eles vão mediar os artistas com os lugares onde eles podem tocar, bem como ajudar na divulgação. “Agora, depois da pandemia, sobraram poucos lugares pras bandas tocarem, é preciso então que alguém que conhece a cena faça isso”.
Um desse únicos locais é o Texas Bar, na Rui Barbosa. Inclusive o estabelecimento recebeu o primeiro evento organizado pelo Caveira Velha, nesta sexta-feira (13).
Hélio Rodrigues Junior, dono Texas Bar, também sente a necessidades dessa organização. “Eu como já queria montar um espaço que recebesse essas bandas com uma pegada mais profissional mostra que as bandas daqui da cidade e quem sabe do estado podem se organizar, e com isso junto com o coletivo do Artur presamos por essa organização, de calendário, datas, pagamentos de cachês e tudo mais, além também do bar querer passar uma cara underground mas com um certo tom de profissionalismo que eu acho que isso que estamos precisando de ambos os lados”.
“O underground pra mim sempre foi uma válvula de escape, um momento de diversão, de confraternização, é nosso jogo de futebol,e quero isso sempre, mas se não tiver organização, as coisas não acontecem, e a gente acaba não se divertindo”, finaliza Artur.
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