Com quadrilha e homenagem, turma de colégio dos anos 90 se reencontra em festa
A saudade de rever a turma fez uma professora organizar o encontro com mais de 60 ex-alunos
Uma turma de ex-alunos da escola estadual Maria Constança em Campo Grande organizou um reencontro emocionante. Juntos, mais de 60 pessoas fizeram renascer uma amizade que começou há 20 anos.
Tudo graças ao desejo da professora de Língua Portuguesa Roseimeire Farias, de 46 anos, em rever e matar a saudade dos seus alunos que fizeram história na década de 1990. "Era uma turma unida, na verdade eram várias do ensino médio que marcaram a minha vida. Naquele tempo criamos um laço de amor e amizade que nunca foi esquecido", recorda.
Depois da escola, ninguém perdeu contato graças as redes sociais, no entanto foram inúmeras tentativas de reencontro. "Sei que alguns alunos tentaram se reencontrar, mas não deu certo. Hoje finalmente vamos renascer com a nossa amizade", diz a professora.
Com o salão alugado por um dos alunos, a festa foi na base da colaboração. "Resolveu fazer uma festa junina em pleno agosto porque sempre adoramos quadrilha", diz.
Orgulhosa de rever os alunos, o momento foi de satisfação. "Quando cheguei até aqui, a visão que eu tive foi a demonstração de que o trabalho que todos os professores fizeram no ensino médio acabou dando certo. Todo mundo está encaminhado, feliz e levando uma vida tranquila", se orgulha.
Para a professora de matemática Joyce Lane Aparecida, de 58 anos, a noite foi de recompensa. "Trabalhei durante 10 anos no Maria Constança e depois que sai da escola me perguntava se realmente havia feito de tudo pelos meus alunos. Hoje quando olhei para eles tive certeza que todos estão no caminho certo, e que o laço que nos uniu nunca foi cortado apesar da distância", declara.
Para os ex-alunos, o reencontro foi uma oportunidade de agradecimento. "Nós fomos uma turma muito unida e essas professoras eram nossas amigas. Elas são a nossa referência e vejo toda transformação através deles", diz a funcionária pública Greice Mafra, de 34 anos.
Aluna da 5ª série até o 3º ano do ensino médio, Ana Claudia Correa não segurou as lágrimas na hora do abraço. "Choro porque é uma vida de muita saudade. E hoje é um passado que a gente revive".
Por conta da distância nem todos ex-alunos conseguiram participar do evento, agora a turma já pensa em um novo reencontro. "Muita gente está viajando ou morando fora de Campo Grande. Por isso estamos pensando em uma nova data para comemorar com todo mundo", diz Daniele Acosta de Oliveira, de 36 anos, pedagoga e uma das organizadoras da festa.