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Diversão

Festival terá diferentes estilos para celebrar união de tribos da Capital

Lucas Arruda | 23/10/2015 16:24
Os Douglas é uma das duplas que se apresentam no festival que acontece no Parati (Foto: Reprodução/Facebook)
Os Douglas é uma das duplas que se apresentam no festival que acontece no Parati (Foto: Reprodução/Facebook)

Rap, reggae e rock estarão presentes no festival Natural Style que acontece hoje no Parati. O evento é para ser assim, uma união de tribos diferentes para todos curtirem e conhecerem a música autoral destes estilos que não são muito difundidos em Mato Grosso do Sul.

Se apresentam no evento o projeto do músico Xaras Gabriel (Vamo Apelá), Subversão, MS 03, Coletize, Curumex, DJ Magão, DJ Gilmar, DJ Miguel Costa e outros. O festival também terá grafite e venda de artesanato.

“Estava conversando com um amigo e chegamos a um consenso que falta um evento desse tipo em Campo Grande, em que as tribos se encontram. Geralmente cada um faz algo em seu espaço para o público específico, queremos tirar esse estigma, que a galera não pode se juntar”, argumenta Diego Nogueira, um dos organizadores do Natural Style.

Ele tem um programa de rap numa rádio de Campo Grande e quer dar mais espaço para o estilo. “Este é o primeiro, fizemos na correria e na raça, em pouco tempo, mas tem dado tudo certo, todo mundo abraçou. Quero fazer um de três em três meses e já pro segundo quero trazer um nome nacional também”, revela.

Pouco difundido, o rap será a grande atração do evento, com a maior parte dos grupos. Apesar de pouco conhecido por aqui o estilo tem uma história consolidada. Segundo o organizador, os primeiros nomes apareceram no fim da década de 80, como Bolinho, que era bem famoso.

Nos anos 90 o movimento se manteve, mas ainda era tímido. “Nesta época devia ter uns cinco grupos só em Campo Grande. Um dos mais antigos que ainda está na ativa é o Falange da Rima, do início da década de 90”, conta.

Outro que está há bastante tempo na ativa é o DJ Magão, que se apresenta no festival. Ele começou a tocar só nos anos 2000, no entanto participa do movimento desde a década de 90 também, por meio do break e grafite.

“Nessa época a galera era bem articulada, organizávamos encontros e o principal deles acontecia nas tardes de sábado no terminal Bandeirantes. Era uma parada bem de rua mesmo, hoje se perdeu um pouco dessa essência, mas está legal também, está mais difundido, as pessoas conhecem mais, discriminam menos. O hip hop dita mercado, tendência, isso a nível mundial”, descreve Magão.

Representando o rock no festival estará a dupla Os Douglas. Ela surgiu há pouco mais de um ano e o nome se dá por serem dois Douglas tocando, o Rodrigues e o Almeida. Eles também acreditam que não deve haver essa desunião dos estilos, já que todos procuram reconhecimento na “terra do sertanejo”.

“Temos que fazer crescer o cenário autoral, ainda mais nos estilos que tocamos. Aqui não temos muito incentivo, caminhamos com as próprias pernas, por isso temos que valorizar”, reflete Douglas Rodrigues.

O evento começa às 22h no Coliseu, que fica na rua da Divisão, 2547, Parati. Mulher entra de graça até às 23h, depois paga R$ 10. Para os homens a entrada custa R$ 20.

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