Quintal de família se abre na Vila Carvalho para reunir quem gosta de samba
Amigos de uma vida, vizinhos e gente que gosta do samba. Na soma de tudo isso, o resultado foi o quintal da própria casa aberto para o ritmo. Às vésperas do Carnaval, foi no esquenta do bloco Capivara Blasé, que o Lado B descobriu Bambokian, Rafael e o portão da residência da Rua Santa Dorotéia, na Vila Carvalho, aberto.
"Faz tempo que a gente estava falando de fazer e teve a ideia de montar aqui embaixo", resume Cledemir Bambokian, o dono da casa e do quintal, de 43 anos. Entre a execução que envolveu reforma e adequação da parte debaixo do imóvel, foram dois meses e a abertura foi agora, no início do ano.
"Temos música ao vivo, trabalhamos com porção de pastel, de bebida, bar de destilados, arguile. Vamos agregar tudo", apresenta Bambokian, que inclusive já teve uma casa de pagode na cidade.
O sócio e amigo, Rafael Trefzger, de 43 anos, sintetiza que as ideias "bateram" e que apesar da casa não ter sido construída para isso, consegue abrigar 100 pessoas. "O que eu acho bacana são os paletts, é algo meio rústico e diferente daquela mesa quadrada que sempre tem nos bares", observa.
A casa passou a se chamar "Quintal do Samba" e é aberta ao público todos os sábados, das 17h30 até 23h. Aos domingos, a dupla fechou com o bloco Capivara Blasé para todos os esquentas de Carnaval.
O espaço é amplo e o público pode se dividir entre a garagem descoberta, uma parte da varanda que ganhou cobertura para ser abrigo se chover. Tem palco e uma pequena área VIP, como um lounge, destinada ao arguile.
A estrutura de bar já existia e apenas ganhou uma abertura na parede. Bambokian, tinha criado um depósito, pensando que um dia poderia virar escritório. "E virou", brinca. Só que agora ocupado por geladeira, freezer e cerveja.
Um dos detalhes do quintal deu tano trabalho que acabou ganhando destaque na casa. A Kombi verde, ano 1976, foi tirada a muito custo de um ferro velho no Guanandi. "A gente tinha necessidade de uma cabine de som e preferimos customizar do que fazer uma de alvenaria ou algo assim", explica Bambokian.
A carcaça estava jogada aos fundos de um ferro velho e passou por um corredor onde não passava nem vento entre ela e o muro da vizinha. No quintal, ela foi cortada na diagonal. "Fizemos aquele efeito na madeira, como se tivesse quebrado e ela saísse de dentro da casa, mas é apenas parafusada na parede", contam os donos.
A Kombi foi partida. A frente está ali para fotos e a parte traseira, como um painel na parede.
O preço médio de cerveja é R$ 4,50 e a casa trabalha por enquanto com Skol e Itaipava. As porções começam em R$ 15,00 e incluem pastel, batata frita e também de contra-filé.
O Quintal do Samba fica na Rua Santa Dorotéia, 358, na Vila Carvalho. Na entrada é cobrado couvert de R$ 10,00 quando a produção é feita pela própria casa. Informações pelo Facebook.
Curta o Lado B.