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Diversão

Rica em figurino, mostra apresenta estilo que une dança árabe, cigana e flamenca

O ATS, American Trible Style, e o Tribal Fusion fazem museu vibrar com snujs nos dedos e improvisação nos movimentos

Thaís Pimenta | 22/09/2018 08:59
Grupo Mahila organiza evento pela segunda vez em Campo Grande com foco na dança ATS. (Foto: Thaís Pimenta)
Grupo Mahila organiza evento pela segunda vez em Campo Grande com foco na dança ATS. (Foto: Thaís Pimenta)

ATS (American Trible Style) é um estilo que quase ninguém conhece. Mas resumindo bem, é uma mistura de danças tribais, flamenca, árabe e cigana, com figurino de muitas sobreposições de saias e calça tipo gênio, maquiagens com símbolos nômades bem marcados, acessórios variados e os e snujs (címbalos de metal – como pequenos pratos) nos dedos.

Não bastasse tamanha ornamentação para gerar imagens encantadoras, a dança cham atençao por aqui pela autenticidade. Por isso, o MARCO (Museu de Arte Contemporânea), abre até amanhã com o 2º Festival Mahila, também com Tribal Fusion - dança que deriva do ATS, mas é individual. O grupo Mahila de ATS do Estúdio Isa Yasmin, promove o evento. 

O mais bacana ao conhecer o estilo é descobrir que tudo é feito de forma improvisada. De acordo com Ana Carolina Razzini ou Morgana Shayra, seu nome artístico, as bailarinas se comunicam por meio de "senhas de cabeça". "A cada dança uma nova líder toma a frente. Ela se posiciona à esquerda do palco e todos os passos começam pela direita para que as dançarinas consigam visualizar melhor a formação e o sinal feito pela líder", explica a organizadora do evento.

O improviso coletivo trabalha a humildade e a divisão da liderança. "Ou seja, se eu estou como líder, vem uma colega minha e a rouba de mim. Isso faz muito bem pra nossa própria autoestima e trabalha pontos como egoísmo e egocentrismo", pontua.

Joline Andrade ministra workshop hoje, no Marco, no evento do grupo Mahila. (foto: Thaís Pimenta)
Joline Andrade ministra workshop hoje, no Marco, no evento do grupo Mahila. (foto: Thaís Pimenta)

"O ATS só existe em grupo. O Tribal Fusion é como se fosse um filho, uma derivação,do ATS, e é dançado sozinho, ou seja, apenas uma dançarina em palco", conta.  Especialista como Joline Andrade e Lukas Oliver estão em Campo Grande para participar do evento.

Mesmo que o nome do grupo, Mahila, signifique mulher em hindi, homens também podem dançar. "O ATA empodera as mulheres ao colocá-las em grupos, ao despertar o nosso íntimo. Todos os corpos podem dançar, independente se gordos ou magros".

Ainda de acordo com Morgana, o estilo foi desenvolvido por Carolena Nericcio em São Francisco (CA), em meados dos anos 80. "Elas improvisam com base em um repertório de passos comum a todas". Carolena Nericcio foi aluna por muitos anos de Masha Archer, que por sua vez foi aluna de Jamila Salimpour. Esse “trio” foi o responsável pelo começo do “movimento Tribal” que atualmente conhecemos.

O festival começou ontem, com apresentações das alunas e dos convidados que ministrarão workshops no evento. Lilian Kawatoko, por exemplo, ministra workshop amanhã, às 13h30, com o tema "Prop de Pandeiro e Técnicas de Spins". "O público alvo para este workshop são estudantes de ATS, Tribal Fusion e quem pratica danças com fusões de estilos, no geral". 

Maria Badulaques vem de Campinas para ministrar workshop hoje, às 14h, com foco nas saias e em seu uso, tanto pelas dançarinas do estilo quanto para quem já danças flamenco. Ainda hoje a dançarina Joline Andrade, especialista em dança tribal, ministra um curso com técnicas do estilo solo. Os valores de inscrição para cada curso varia de R$ 200,00 a R$  250,00. Para saber mais ligue (67) 99928-5265.

E quem se interessou pela dança, uma notícia ruim, só depois da 1ª turma se formar, em 2019, é que novos grupos podem de inscrever no estúdio. 

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