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Diversão

Sem famosa saltenha, Praça da Bolívia surpreende público com volta

Nem todas as barracas fizeram o retorno, e só 40% do público “raiz” preencheu o espaço aberto da praça mais boliviana da Capital

Raul Delvizio | 08/11/2020 12:53
Público aproveitou pra conferir a volta do evento mais alternativo da Capital (Foto: Raul Delvizio)
Público aproveitou pra conferir a volta do evento mais alternativo da Capital (Foto: Raul Delvizio)

Sabe aquela famosa saltenha da Dona Dione? Pois bem, não foi desta vez. Até o choripán acabou quando o Lado B foi cobrir a volta repentina mas verdadeira da Praça Bolívia, a feira cultural que agrega artesanato, gastronomia e muita regionalidade. O evento estava praticamente a 8 meses sem edição, que acontece no segundo domingo de todo mês. Mas não tem problema – pelo menos foi um alento no coração de cada participante.

“Como fã, estava sentindo uma saudade enorme. Aqui foi crescendo, crescendo, e se tornou isso que todo mundo já conhece. É o melhor evento cultural do circuito alternativo que temos hoje. É realmente muito boa essa volta”, agradece o psicólogo Rômulo Said Monteiro.

Entre arte e comida, o campo-grandense pode curtir a manhã de domingo (Foto: Raul Delvizio)
Entre arte e comida, o campo-grandense pode curtir a manhã de domingo (Foto: Raul Delvizio)
Ao ar livre, Praça da Bolívia voltou tal qual sempre foi, apenas sem as apresentações artísticas para evitar aglomeração (Foto: Raul Delvizio)
Ao ar livre, Praça da Bolívia voltou tal qual sempre foi, apenas sem as apresentações artísticas para evitar aglomeração (Foto: Raul Delvizio)

Não é só ele que – como um super admirador das edições – veio desde o surgimento da Praça Bolívia, há 15 anos atrás. A artesã Eugenia Laura está a “somente” 10 anos expondo sua arte para venda no evento, e não aguentava mais a “frustração” de não rever os amigos, que ela considera como sua segunda família.

“Hoje até tomamos um café da manhã todos juntos e botamos o papo em dia. Foi terrível essa demora do reencontro, mas hoje aconteceu. E há de ter muitos outros. Tem tanta ruim acontecendo… aqui criamos uma família”, confirma a artista, que interrompe a entrevista assim que revê uma cliente de longa data.

Numa felicidade contagiante, comprimenta a amiga: “seja muita bem-vinda, quanto tempo! Estávamos todos com muitas saudades”.

As amigas não perderam uma edição da Praça Bolívia (Foto: Raul Delvizio)
As amigas não perderam uma edição da Praça Bolívia (Foto: Raul Delvizio)

Para as amigas Myla e Simone, o retorno das atividades da Praça Bolívia foi impactante.

“São pouco mais de 10h, o que significa que antes da pandemia isso aqui já estaria lotado. O número de barracas diminuiu e o público também, até já esperava por isso, mas estar aqui e ver de perto choca um pouco”, disse Simone Ferreira Soares.

“É aquela coisa, precisávamos voltar com a cultura também, então desse jeito respeitoso tá bem legal, eu pelo menos estou aprovando estar aqui de volta”, considera Myla Machado.

A partir das 9h, o povo já pode dar uma voltinha e até conseguir sentar numa boa sombra (Foto: Raul Delvizio)
A partir das 9h, o povo já pode dar uma voltinha e até conseguir sentar numa boa sombra (Foto: Raul Delvizio)
Artesanato e cultura voltou, com redução no número de barracas participantes e público "fiel" de apenas 40% (Foto: Raul Delvizio)
Artesanato e cultura voltou, com redução no número de barracas participantes e público "fiel" de apenas 40% (Foto: Raul Delvizio)

Já para o Grupo Tikay (que em quechua significa “encontro”), a associação responsável na organização de todas as edições da Praça Bolívia, o retorno repentino que só teve confirmação na última quinta-feira (5) – a poucos dias do final de semana – se deve a avaliação segura para que todos, entre produção e expositores, participem.

“Ainda estávamos em dúvida, mas pela conversa entre o grupo e também incentivo para nós voltarmos, resolvemos agitar uma edição depois de meses parados. Hoje, o evento serve de ‘termômetro’ para os próximos que virão”, garantiu Mônica Ayca do Nascimento, representante da feira.

Mônica junto ao jornalista e fotógrafo Geraldo Duarte e o psicólogo Rômulo Said (Foto: Raul Delvizio)
Mônica junto ao jornalista e fotógrafo Geraldo Duarte e o psicólogo Rômulo Said (Foto: Raul Delvizio)

Mudanças – Não teve as famosas saltenhas de Dione além das apresentações musicais, porém isso não deixou o público na mão. A Praça Bolívia garantiu arte e comida – e até som de música mecânica – sem mesas, cadeiras, teatro e outras brincadeiras. Por enquanto, isso tudo vai ter que aguardar.

“Aqui é o local mais democrático que conheço, e ainda bem que todo mundo entende que essa volta tem que ser gradual e respeitosa”, finaliza Mônica.

A Praça Bolívia funciona a partir das 9h em todo segundo domingo de cada mês. O endereço é na quadra da rua das Garças com a Barão da Torre, além do acesso pela rua Dias Ferreira com a Aníbal de Mendonça.

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Não teve a famosa saltenha da barraca da Dione, mas o público pode apelar para a única vendinha do quitute mais boliviano de todos os tempos (Foto: Raul Delvizio)
Não teve a famosa saltenha da barraca da Dione, mas o público pode apelar para a única vendinha do quitute mais boliviano de todos os tempos (Foto: Raul Delvizio)
Artesanato sempre foi o fote da Praça Bolívia, que garantiu próxima edição já no segundo domingo do mês de dezembro (Foto: Raul Delvizio)
Artesanato sempre foi o fote da Praça Bolívia, que garantiu próxima edição já no segundo domingo do mês de dezembro (Foto: Raul Delvizio)
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