Sem medo de desafinar, galera arrisca até japonês em novo karaokê
Até quem trabalha no lugar não perde a oportunidade de subir no palco
Mamonas assassinas, Chitãozinho e Xororó, Raça Negra e outros clássicos que todo brasileiro conhece são interpretados sem medo no karaokê do Nõ Don, restaurante de comida oriental que agora, resolveu colocar karaokê no espaço para a clientela soltar a voz sem medo de desafinar. Até quem trabalha no local não perde a oportunidade de cantar e fazer aquele show.
O Lado B visitou o estabelecimento para saber se quem frequenta o lugar fica tímido ou não com a ideia de cantar para um público desconhecido. Para ajudar a quebrar o gelo e animar o povo, a fisioterapeuta e uma das proprietárias, Ana Paula Simões No, 43 anos, é uma das primeiras a abrir o microfone.
Após cantar, Ana Paula comenta que a atração conquistou o pessoal que chega para comer e beber no local. “A inauguração foi no dia 31 e nós estamos sentindo que está tendo uma boa aceitação por todos os públicos. No último sábado, veio uma menininha e ela cantou junto com a família”, conta.
A médica Michaela de Oliveira, 26 anos, foi surpreendida ao chegar no espaço e ver que era noite de karaokê. “Eu levei um susto quando cheguei, porque sempre gostei muito e nunca tinha visto um em Campo Grande”, fala.
Depois de subir no palco para cantar “I Kissed a Girl", da Katy Perry, a médica frisou que o importante mesmo é se divertir. “É uma coisa nova, não é uma cultura nossa, então, as pessoas acham que tem que saber cantar, mas o karaokê é uma brincadeira”, diz.
Ela acrescenta que segredo para cantar sem medo, é chamar pessoas conhecidas. “Tragam um amigo que vai ficar na torcida, dando apoio, batendo palma, essa é a parte mais legal”, garante.
Até apresentação em dupla aconteceu na noite, mãe e filho cantaram uma música em japonês. O estudante Mateus Yuji Caneta, 20 anos, contou que ficou um pouco nervoso momentos antes de pegar no microfone. “Eu estudei japonês, mas o que tenho de base, é o Hiragana e na música, misturou outras três formas de escrita. Tirando isso, eu fiquei super de boa”, pontuou.
Nostálgica, a personal bronze Alessandra Yuji, 46 anos, matou a saudade de se divertir cantando. “Lá no Japão, eu ia direto em Karaokê, eu gosto de cantar, a gente não é afinado mas gosta”, ri.
Para o chef e proprietário, Gustavo No, 44 anos, o estabelecimento tem justamente esse propósito, resgatar o melhor da cultura japonesa. “O legal do karaokê é que ele é uma das tradições do Japão. Aqui, é um mesclado de bar japonês com casa de ramen”, explica.
E ramen é o que não falta para o pessoal comer. O prato principal é feito em variações como shio, shoyu, miso e kara miso. Quem gosta de pimenta, a dica é pedir o spicy miso tonkotsu ramen. O lugar também tem opção vegana e vegetariana.
Além dessas opções, o local vende saborosas refeições como o goyzan suíno (trouxinha de massa artesanal recheada com carne de porco, karaage (sobrecoxas de frangos fritas à moda japonesa) e katsu sando (copa-lombo empanado e frito no panko).
Enquanto apreciam as refeições, o público pode acessar, por meio do QR Code disponível na mesa, a seleção com mais de 100 mil músicas disponíveis no karaokê. Madonna, Michael Jackson, Gwen Stefani, ABBA, Akon, Alceu Valença, Alexandre Pires, Ana Carolina, Anitta, Elvis, Felipe Araujo, Guilherme e Santiago, Gusttavo Lima e a banda Irã estão entre os artistas do catálogo.
E quando o bar de drinks não está sobrecarregado, o bartender Samir Barion, 34 anos, troca o balcão pelo palco. A música “Jardins da Babilônia” foi a escolhida por ele para cantar. “É divertido participar, eu cantei, sou desafinado, aqui não é um show de calouros. É mais pra brincar, o importante é fazer bagunça”, brinca.
Quem quiser curtir uma boa noite cantando, o karaokê acontece aos sábados. O Nõ Don fica na Avenida Afonso Pena, 4436. O horário de funcionamento é de segunda à sexta-feira, das 19h à 00h e no sábado, das 16h à 00h.
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