Sob protesto dos próprios jurados, candidata de Três Lagoas vence Miss MS
A nova Miss Mato Grosso do Sul é de Três Lagoas, tem 19 anos e trabalha como comerciante. Erika Moura foi eleita na noite deste sábado, na disputa com outras 13 candidatas no concurso realizado no shopping Campo Grande. Mas, até que se chegasse ao nome dela, houve protesto dos jurados. Na prática, o voto deles não escolheu quem seriam as cinco finalistas, o que deixou de fora, uma forte candidata, Juliana Grisoste, a Miss Campo Grande.
A apresentação das meninas ao público seguiu o que é de praxe. Desfile em traje de gala e de banho. Ao final destes, já foram anunciadas as 10 semifinalistas. E destas, saíram as top 5. O anúncio da misses de Dourados, Corumbá, Chapadão do Sul, Bonito e Três Lagoas, surpreendeu os jurados. O corpo técnico formado por 11 profissionais entre eles, o artista plástico Humberto Espíndola, a promotora do MPE, Paula Volpe e a jornalista Carmen Cestari, tinha sido unânime em votar na Miss Campo Grande, que não estava entre as modelos selecionadas. Na lista, aparecia a representante de Dourados, que teve apenas um voto na noite.
Com a escolha sem valer, o júri pediu um posicionamento imediato da organização do evento e exigiu que fosse ressaltado que as cinco já estavam selecionadas. Carmen Cestari explicou ao público que foram entregues aos jurados uma súmula com 10 nomes para escolher as cinco candidatas e que praticamente todos os jurados colocaram Campo Grande.
“Cada um dos membros entende que isso é muito sério. Cada um recebeu uma súmula com 10 candidatas e era para marcar um “x” nas cinco. Nossa representante merecia estar ali. Por gentileza, esclareçam todo o problema. Se nós todos votamos, ela teria que estar lá. Não por ser de Campo Grande, não porque estamos em Campo Grande, mas porque ela realmente merecia estar ali”, defendeu Carmen. Na argumentação, a jurada comentou que havia uma reunião marcada entre o júri e a organização para 18h de hoje e que não aconteceu.
Em resposta, a produtora executiva Melissa Tamaciro explicou que por uma falha deles, não houve a tal reunião, que são os critérios do Miss Brasil esta seleção das cinco e que as modelos já tinham conhecimento das regras.
“A Band passa por todos os regionais, seleciona as top 10 e as top 5. O júri local faz avaliação das top 5. Regionalmente avaliamos e depois comparamos as notas entre a equipe técnica e o mercado regional”, esclareceu Melissa. A explicação feita ao público foi seguida de vaias. O desconforto para todo o quadro de jurados fez com que, elegantemente, a jurada Carmen Cestari deixasse a bancada.
“A gente acredita que votou na finalista. Era para ter essa reunião, que por algum motivo não teve. Quando chamaram as cinco e Campo Grande não estava, questionamos porque votamos se não escolhemos e isso não foi informado. Foi desconfortável, porque o júri não tinha essa informação”, sustentou Paula Volpe.
O evento continuou com o anúncio das posições. Em quinto lugar ficou a Miss Dourados, Bruna Perillo, de 19 anos, seguida de Miss Corumbá, Monique Maria, de 23 anos. Em terceira posição, foi anunciada Miss Chapadão do Sul, Luana Queiroz e no segundo lugar, a Miss Bonito, Camile Santos, de 20 anos.
O título de Miss MS veio para Erika e seu 1,75m de altura. Sorridente, ela disse ao Lado B que a coroa era homenagem a um tio, que morreu durante a seletiva e que ela não pode ir ao velório. Agora Miss, Erika que tem duas papelarias em sociedade com a mãe, no município de Três Lagoas, quer desenvolver trabalhos filantrópicos.
“Relembrei tudo o que vivi aqui nesse palco e não foi fácil. Não é fácil para ninguém. Foi empenho e eu me orgulho de representar o meu município”.