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Faz Bem!

Com só 1 mês na ativa, leitora já encarou 70 km de pedalada no "Sopa de Pedra"

Angela Werdemberg, especial para o Lado B | 05/02/2014 06:49
Lesly (número 021), ao lado da "madrinha" de pedal
Lesly (número 021), ao lado da "madrinha" de pedal

Quando a coluna “Faz bem!” foi lançada, aqui no Lado B, há pouco mais de 30 dias, uma de nossas leitoras compartilhou a primeira reportagem nas redes sociais dizendo “ler este lindo texto hoje me fez pensar como algumas decisões podem mudar a sua vida. Emagrecer, ficar bonita são as menores das preocupações”. O que nós e nem a leitora Lesly Lidiane não esperávamos era ter a história dela contada aqui, semanas depois.

No mesmo período que lançamos a coluna, nasceu uma biker. Uma atleta que com um mês de ‘pedal’ já encarou o desafio de fazer 70 quilômetros junto com o "Sopa de Pedra", um grupo de cicloaventuras daqui de Campo Grande.

“Quando ouvi a palavra ‘desafio’, pensei, por que não?”, diz. A biker alerta que é extremamente importante a orientação de profissionais para decidir qual o momento de aumentar a quilometragem pedalada. “Realmente encarei este desafio num período muito curto, mas já estava conseguindo fazer 40 quilômetros tranquilamente e outra, tínhamos um carro de apoio. Dava para arrisca, caso não conseguisse, seria resgatada”.

Lesly é assistente social e convive com casos de violência contra mulher e criança diariamente. “Conviver com a violação dos direitos humanos é difícil. Não dá para chegar em casa e fazer de conta que nada aconteceu, durante o dia e que a vida é só alegria. É difícil conseguir desligar nessa realidade”.

Na reportagem que motivou nossa leitora ainda mais a ir para rua e pedalar, a personagem fez do esporte um antídoto. “No meu caso, o ciclismo foi uma profilaxia. Estava quase a ponto de tomar remédio para depressão”.

Biker na ativa, em pedalada de 70 km.
Biker na ativa, em pedalada de 70 km.

A assistente social teve duas incentivadoras. “Eu falo que elas são as minhas madrinhas".

Sabe aquele ditado de que uma pessoa prevenida vale por duas? Pois bem, nossa biker se encaixa nesse caso. “Fiz revisão na bicicleta, levei para lavar e lubrificar”. O equipamento também precisa estar preparado para o desafio. “Vi muita gente não completar a prova por falta de manutenção na bike".

“É incrível como o esporte é contagiante. Depois que comecei a pedalar, pelo menos, quinze amigos me procuraram pelo Facebook dizendo que também querem pedalar”. A visão da assistente social sobre o ciclismo é de que esta modalidade pode ser um agente transformador de vidas. “Vários pais pedalam com os filhos. É um meio de fortalecimento do laço familiar, justamente numa fase tão difícil como a adolescência”.

O desafio dos 70 quilômetros foi pessoal, pois não houve premiação para os primeiros colocados, o objetivo para testar a resistência, sem o espírito de competição entre os participantes. “O melhor do pedal são os amigos. Ali no barro, somos todos iguais. Sem distinção de idade ou classe social”.

Quer comer barro também? Se você também está com vontade de começar a pedalar, o Sopa de Pedra irá promover mais uma cicloaventura no próximo domingo, dois de fevereiro. O passeio é de vinte e cinco quilômetros, nível fácil e será na Estrada Parque de Piraputanga. Mais informações e inscrições aqui.

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