Em um belo ambiente, aulas de yoga agora também ocupam Esplanada Ferroviária
Basta colocar os pés na antiga estação ferroviária de Campo Grande para sentir uma energia diferente. Parte da história da Cidade Morena surgiu por meio daqueles trilhos, que hoje servem como inspiração para o reduto cultural que se consagra aos poucos no local, por meio de mostras artistícas, oficinas, feiras de artesanato e agora, aulas de yoga.
No domingo, pela manhã, aconteceu a primeira edição do projeto Yoga na Esplanada, do professor Raphael Lugo Sanches, 28 anos. Por um preço acessível, apenas R$ 15 por aula, o campo-grandense incentiva a prática do yoga para quem não tem condições de custear o preço tradicional dos estúdios ou não tem tempo durante a semana.
"Eu estava com um projeto Yoga em Casa, para proporcionar essa prática as pessoas, mas teve um empecilho por parte da proprietária da casa. Eu queria continuar e acabou surgindo a oportunidade aqui, que é um local mais acessível, centralizado, e que me identifiquei por achar bonito, por ter um histórico, uma memória coletiva da cidade", explica Raphael.
Professor de história da rede estadual de ensino e de yoga há quatro anos, Raphael decidiu seguir com o projeto por acreditar no bem-estar da prática.
"O yoga traz um equilíbrio físico e mental. Muitas pessoas me falavam que queriam praticar o yoga mas que não tinham tempo, nem dinheiro. Então resolvi criar esse projeto e ver se de fato elas realmente querem fazer", explica.
Na primeira aula apareceram quatro pessoas. Em cerca de 1 hora, o grupo aprendeu um pouco mais sobre respiração, meditação e posições do hatha yoga, uma modalidade dentro da filosofia do yoga. "Eu já tinha feito uma vez em Cuiabá e eu achei muito bom. Agora que comecei em Campo Grande. É muito gostoso, traz uma paz", afirma Gabriela Verruck de Moraes, 16 anos.
A estudante vem de uma família que pratica o yoga. "Minhas duas filhas que moram em Cuiabá já fazem e agora a Gabriela também quis. Eu estou aqui de forma acidental", brinca o pai de Gabriela, Paulo Douglas Almeida, 44 anos.
O procurador do trabalho veio acompanhar a filha e mesmo de calça jeans resolveu experimentar. "Achei muito interessante, é uma questão da busca pelo autoconhecimento", acredita.
Para Gabriela, o ponto principal é o equilíbrio. "Você se conhecer, se entender, prestar mais atenção ao que acontece a sua volta, consegue perceber mais as coisas", pontua.
As aulas serão realizadas todos os domingos, às 9h, na Esplanada dos Ferroviários, na rua Calógeras, próxima a Feira Central.
