Mulherada se encontra para testar "primo do botox" e dúvida é se custo compensa
Um sachê com cerca de 0,13ml capaz de rejuvenescer instantaneamente. Pode parecer mentira, mas o Ageless tem sido um frisson entre homens e mulheres que desejam uma pele mais firme e longe das marcas de expressão, nem que seja por uma noite.
Espécie de botox, mas que ao contrário do primo famoso, não precisa de agulha, o produto chega formalmente aos mercado campo-grandenses, depois de já ser vendido até na Feira Central. Popular por causa dos vídeos que mostram o efeito milagroso nos rostos de cobaias em apenas 2 minutos, o produto pode não ser um bom negócio, por conta do efeito cinderela, adverte dermatologista.
O Lado B foi a um evento de demonstração do produto, durante convenção para atrair novos distribuidores para a Campo Grande. De acordo com a distribuidora nacional, Estela Folberg, 38 anos, o produto não causa nenhum tipo de reação alérgica e contrai a região, por isso o efeito de rejuvenescimento. “É semelhante ao botox, tem as propriedades semelhantes, no entanto, dura menos. É uma solução portátil e rápida, que contrai a pele, tornando-a mais firme”, afirma.
Quem testou, garante que realmente sente ele contrair a região, mas sem nenhum outro tipo de reação, como ardência ou incômodo. Para tornar a absorção no corpo mais rápida, a consultora usou de um ventilador. “Ele ativa o produto, por isso tem gente que assopra ou usa outro mecanismo. Eu falo que ele dura no Brasil de 7 a 8 horas justamente pela questão do clima. O produto é solúvel na água, então o suor pode ser que tenha uma ação menor que nos países mais frios”, ressalta.
Estela trabalha em São Paulo com o produto desde outubro, quando ele foi aprovado pela Anvisa para entrar no País.
“Tenho entre meus clientes homens e mulheres. São pessoas jovens ou mais velhas, muitas mulheres que tem problema de olheira crônica e que usam o produto para aliviar. Os homens usam bastante no 'bigode de chinês' e é importante frisar que você pode usar em todo o rosto, mas com cuidado. Lembrando que ele vai contrair a região, então você nunca passa em cima e sim em volta do problema”, explica.
Um sachê custa R$ 35,00, enquanto a caixa com 50 unidades sai por R$ 625,00. É possível comprar separadamente, apenas para experimentar. A primeira distribuidora de Campo Grande é a vendedora Débora Rodrigues, 26 anos. “Comecei a vender faz pouco tempo e tem feito bastante sucesso. Por enquanto, não temos uma loja física. A marca Jeunesse ainda tem outros produtos que atuam a longo e curto prazo”, afirma.
Segundo as consultoras, o produto continua agindo por cerca de 20 minutos. Na cobaia, parecia melhorar conforme o tempo e não só nos dois minutos prometidos. Pessoalmente, o efeito parecia melhor que nas fotos. “Um sachê pode ser usado até três vezes. Realmente é uma quantidade pouca. Não há contraindicação e não faz mal há longo prazo, pelo contrário, ele ajuda com as linhas de expressão”, frisa.
Prejuízo - Apesar do efeito, para o médico dermatologista Alexandre Moretti de Lima, o produto pode não compensar financeiramente. "Produtos novos devem ser olhados com ressalvas. É uma coisa nova, na verdade esse efeito Cinderela não é permanente. Pode não compensar, já que a aplicação da substância butolímica custa em média de R$ 1,500 mil a R$ 2 mil reais na face e é mais permanente. Existem lugares mais baratos, mas o barato desconfie, as vezes o botox é muito diluído", explica. Alexandre ressalta que é importante buscar um médico inscrito na Sociedade Brasileira de Dermatologia para realizar o procedimento com segurança.
Em relação a possíveis alergias ou efeitos colaterais, o dermatologia adverte que todos os medicamentos tem seus riscos. "Eu não conheço o produto, alguns relatos dizem que ele realmente funciona como um botox like, tem a função de relaxar a musculatura. Nas informações encontradas do produto ele tem uma substância chamada Argireline, que tem uma ação semelhante ao botox, só que o chamado efeito cinderela. Ele é relativamente novo em vários países e acabou chegar no Brasil, então eu nunca usei, nem meus pacientes", frisa.