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Pela saliva, exame diz qual o melhor exercício e dieta para emagrecer

Paula Maciulevicius | 11/11/2014 06:34
A coleta é rápida, de 2ml de saliva que será enviado para análise nos Estados Unidos. (Foto: Marcelo Calazans)
A coleta é rápida, de 2ml de saliva que será enviado para análise nos Estados Unidos. (Foto: Marcelo Calazans)

Bastam 2 ml de saliva para que um exame trace todo o seu comportamento nutricional e desvende porque, apesar de você manter à risca a dieta e o treino, o resultado não é dos mais animadores. Pela genética, é possível determinar uma rotina personalizada, voltada para atender exatamente aquilo que o seu organismo pede e precisa.

Nesta semana o Lado B foi conhecer o "Painel genômico", exame que através da coleta de saliva, dá a resposta nutrigenômica do exercício ideal e da carência nutricional do paciente. "Ele é extremamente revolucionário, descreve traços do comportamento nutricional e a reação a determinados tipos de alimentos, como por exemplo: por que tem gente que não consegue se controlar diante de alguns alimentos", explica a farmacêutica bioquímica do Labclin, Camilla Muzzi Grinfelder.

O laboratório é o primeiro em Campo Grande credenciado a coletar o exame em parceria com o laboratório Dasa, em São Paulo e enviar para análise para a Universidade de San Diego, na Califórnia. O resultado leva 30 dias para chegar, mas já vem com todas as informações de qual é a necessidade nutricional e os exercícios que potencializam o emagrecimento ou ganho de massa muscular. 

"A gente sabe que as pessoas que estão acima do peso tem a genética associada. Tendo um exame desse você consegue saber qual é o melhor exercício, a melhor dieta e ele não é só voltado para a estética, mas para a saúde também", resume Camilla.

Farmacêutica Camilla Muzzi demonstra o procedimento da coleta. (Foto: Marcelo Calazans)
Farmacêutica Camilla Muzzi demonstra o procedimento da coleta. (Foto: Marcelo Calazans)

A farmacêutica exemplifica que uma pessoa, visualmente bem de corpo, vai se beneficiar para a manutenção da saúde. "Ele determina o tipo de dieta, se deve ser com baixo teor de gordura e que o benefício será aumentado com treino de resistência, ou então, uma dieta com baixo teor de carboidrato e musculação", explica.

Em resumo, o exame dá a certeza do que se pode ou não fazer. O resultado chega num laudo que deve ser passado para as mãos de um especialista. "O ideal é que se tenha a orientação de um médico, nutricionista antes e durante o tratamento. Não adianta pegar laudo se não souber interpretar", alerta Camilla.

Nutricionista funcional, Elizabeth Pinheiro, explica que o exame possibilita trabalhar em cima do DNA daquele paciente. "Não se pode fornecer a mesma dieta para todo mundo", ressalta. Segundo a especialista, o principal objetivo do exame é encontrar uma dieta adequada para o perfil genético daquela pessoa.

"A pessoa vai conseguir entender como é o metabolismo, as características comportamentais para atingir, manter o peso e obter o máximo de benefício na hora em que estiver fazendo o exercício", detalha a nutricionista. 

Um exemplo prático é quando alguém malha, malha, mas não obtém o resultado desejado porque o perfil dela não se encaixa numa rotina de musculação, mas pode dar certo na corrida. "Cada metabolismo reage de uma forma, o laudo acaba otimizando o equilíbrio da dieta do paciente por ser personalizado".

Como fazer - A coleta é rápida, mas o paciente precisa obedecer o tempo de, pelo menos, 60 minutos, da higienização ou alimentação. Recomendado por um especialista, ele vai chegar ao laboratório, preencher os documentos de autorização do envio da amostra e coletar.

A saliva é depositada num pote até a marca de 2ml, que será lacrado e enviado para São Paulo, para então ir para os Estados Unidos. Como o exame ainda não é feito no Brasil, o custo tende a ser um pouco elevado, na média de R$ 2 mil.

Em resumo, o exame dá a certeza do que se pode ou não fazer. (Foto: Marcelo Calazans)
Em resumo, o exame dá a certeza do que se pode ou não fazer. (Foto: Marcelo Calazans)
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