Sem medicamento, fita elástica é opção para acabar com as dores
Técnica japonesa já era comum para os profissionais, mas com o tempo se popularizou entre os atletas “de fim de semana”
Que a fisioterapia ajuda isso todo mundo sabe, mas por acaso você já ouvir falar em “kinesio taping”? A técnica japonesa, mesmo não sendo milenar, garante bons resultados no tratamento daquela dorzinha muscular chata que só incomoda.
“O método nada mais é do que o uso de fita elásticas, em diferente posições – em I, H, Y – no corpo e sem qualquer medicação, que ficam presas à pele do paciente. É um estímulo aos receptores musculares”, explica a fisioterapeuta Graziele Schmidt.
Indicada para diminuir dores, inchaços, distensões, hematomas, frouxidão ligamentar e mais, a técnica criada nos anos 1970 já era bem conhecida no mundo esportivo, mas voltou com tudo nos meados de 2010 para aqueles “atletas de final de semana”.
“Como a kinesio faz parte dos procedimentos de fisioterapia integrativa, também conta o ‘fator psicológico’. A pessoa não só sente no próprio corpo, mas vê a bandagem colada na pele. Inclusive muitos perguntam se a cor das faixas influencia no tratamento, o que é um puro mito”, comenta Grazi.
A utilização das fitas coloridas duram em média 5 dias, podendo o paciente ter sua rotina normal – se movimentar, fazer exercícios, tomar banho. Também pode ser aplicada em qualquer parte do corpo.
“Alguns lugares são mais fáceis por serem espaços amplos no corpo, como tronco, abdome, coxa. Porém os mais usados são tornozelo, punho, ombro e joelho, que são áreas de grande movimento, mais instáveis”.
Na pandemia, o servidor público Willian Escalhar, que também é professor de educação física, ficou parado das atividades da profissão. Quando houve a confirmação do retorno, sentiu dores na panturrilha como nunca antes.
“Praticava natação, corrida e musculação, mas na covid-19 parei tudo. Quando voltei, eu já senti muito no andar, minha panturrilha incomodava muito e eu ficava mancando. Cada movimento que eu fazia puxava mais ainda o músculo, dando umas ‘pontadas’”, relembra.
Só foi ter a primeira experiência com as bandagens de kinesio taping que o resultado surtiu efeito já no dia seguinte.
“A aplicação já me aliviou. Em 12 horas a dor sessou e 2 dias depois já voltei a andar normalmente. Eu já conhecia o trabalho mas até então nunca tinha feito. Recomendava para os meus alunos justamente por ser um tratamento menos invasivo, sem uso de remédio”, avalia.
“Ele veio até a mim já como ‘preventivo’, teve a dor mas não esperou piorar. Fiz a liberação miofascial, que é uma técnica tradicional de massoterapia. No final, coloquei o kinesio taping nele e o liberei. No caso, só com essa única sessão já resolveu o problema, porque ele teve essa percepção corporal e cuidou o mais rápido possível”, considerou a fisioterapeuta.
Contra-indicações – Não é recomendável fazer o uso das faixas elásticas em regiões com machucados em ferida aberta, que não houve cicatrização ainda. Também, pessoas que passaram por cirurgia precisam aguardo o período de pós-operatório até liberação médica. Ainda, região de câncer de pele ativo, a bandagem não deve ser utilizada.
“A fita não pode ser colocada em feridas na pele, porque pode piorar o processo de cicatrização aumentando o grau de infecção”, finaliza Graziele.
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