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Terapia acredita que cavalos são capazes de "curar" só com o contato

Naiane Mesquita | 26/01/2016 06:12
Cavalos durante terapia de Constelação Sistêmica (Foto: Divulgação)
Cavalos durante terapia de Constelação Sistêmica (Foto: Divulgação)

“Workshop de constelação sistêmica com cavalos”. Se você não compreendeu nada ao ler o título desse curso, saiba que não foi o único. O evento que será realizado nos dias 30 e 31 de janeiro, no Centro de Equinoterapia Campo Grande da Polícia Militar, utiliza o método das constelações familiares aliado ao benefício do convívio com cavalos.

A prática será desenvolvida pela primeira vez na Capital com o auxílio das terapeutas Marly Cordeiro, de São Paulo e Sandra Regina Zawadzki, do Paraná. “Nessa prática há uma vivência mais profunda do passado para se compreender as dificuldades enfrentadas hoje pelo indivíduo. Nas constelações, o participante escolhe alguém para representar um sintoma que ele sente, pode ser uma timidez, por exemplo. Um outro participante representa isso e dessa forma quem sente pode compreender o motivo daqueles sintomas, algo relacionado ao passado, aos pais, aos avós, a traumas”, afirma o organizador local do workshop, Amilton Plácido Rosa, 62 anos.

Desde 2009, Amilton mantém um grupo de Constelação Familiar ou Sistêmica em Campo Grande. Nesse método, as pessoas são levadas a refletir sobre as diversas consciências que existem dentro do nosso ser, que querendo ou não, estão presentes no nosso subconsciente. “Você carrega os sentimentos de diversas gerações da sua família, que estão presentes no seu subconsciente. Esse sentir profundo define alguns comportamentos que mantemos hoje”, acredita.

O método utiliza como base as Constelações Familiares de Bert Hellinger, Coach com Cavalos, de Ruud Knaapen, e também outros recursos do campo de aprendizagens com cavalos. A experiência vivencial mostra que o processo gera profundo impacto entre os participantes. Destinado a todos que têm pendências em relações interpessoais, sejam psicológicas, emocionais, físicas ou financeiras.

A terapia muda quando tem a participação de um cavalo. “Nós montamos um círculo. Nele, os cavalos são livres para se aproximarem de quem quiser. Eles demonstram por meio de gestos alguns sintomas que sentem nas pessoas que estão presentes. Por exemplo, uma vez um cavalo batia a pata no chão, pedimos a todos que tinham pendências de violência na família, que levantassem a mão. Ao final, o cavalo continuou. Então, falaram que mais uma pessoa tinha essa pendência e não revelava. Quando ela levantou a mão, o cavalo parou”, diz Amilton.

O animal teria o poder de se conectar com o paciente e realizar uma terapia silenciosa com ele. “A pessoa não precisa falar nada. Só de deixar o cavalo se aproximar, a experiência ocorre. Em alguns casos, a pessoa chora e o cavalo também derrama lágrimas. Isso acalma o paciente, há uma melhora significativa”, frisa.

Informações sobre o curso, que tem vagas limitadas, pelo telefone (67) 9209-1362.

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