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Faz Bem!

Um convite à reflexão: a decisão de emagrecer pode ser tomada agora‏

Ângela Kempfer | 16/11/2015 06:56
Um convite à reflexão: a decisão de emagrecer pode ser tomada agora‏

Há cerca de um ano eu tomei uma das decisões mais importantes da minha vida. Fui a uma reunião onde ali consegui vislumbrar uma saída. Aos 34 anos, pesando 170 quilos, talvez fosse minha última chance de continuar viva. Nenhum problema de saúde aparente, mas a certeza de que eu sim, poderia morrer de gordura.

Cheguei receosa, afinal, é uma mudança para toda a vida e comecei a ouvir a palestra que mudou meu sentido de ver as coisas. Não era a primeira vez que eu assistia aquela reunião, um ano e meio antes já tinha assistido, porém em um ano vi os ponteiros da balança saltar dos 140 para os 170 e a vida ficar mais difícil a cada dia.

Ah! Certamente muitos ao lerem meus relatos aqui no Lado B, muitas vezes julgam e até aqueles que se assumem preconceituosos – prefiro assim do que a hipocrisia do dia a dia, que mandam recados malcriados, podem agora falar: “Mas de novo essa conversa?” Sim, de novo essa conversa. A obesidade já é uma epidemia em nosso país e sim, ela mata. Mata muito, em especial pelas doenças decorrentes dela.

Tive a oportunidade de passar um dia em um SPA na Capital, um lugar que eu não tinha a mínima ideia que existia e em 24 horas, consegui analisar o tanto de coisas que passei desde o dia da decisão até aqui. Lá, recebi uma palestra maravilhosa do médico Guilherme (juro que eu não guardei o sobrenome dele) e lá ele mostrou os números de obesidade no país. Pasmem: 52,5% dos brasileiros estão acima do peso – índice era 43% em 2006 e 17,9% da população está obesa.

Com isso, certamente o número de cirurgias bariátricas vai crescer e é mais fácil aceitar do que ficar julgando quem é gordo ou não. E nesse ínterim, é muito importante que as pessoas estejam informadas sobre o que isso significa na vida delas, tanto a obesidade quanto a cirurgia bariátrica como método de tratamento.

Sim, uma das coisas mais importantes que eu aprendi durante essas reuniões que acontecem ao longo do ano é que a cirurgia bariátrica não é um milagre e sim um tratamento. Que nada é muito fácil, que tem dias que você surta e tem noites que você sonha comendo aquele big X-tudão sem passar mal.

Por isso, eu, Liziane Berrocal, venho aqui como alguém que deu a cara a tapa toda semana aqui, convidar você a uma reflexão sobre a obesidade e sobre a necessidade de tratamento desta como uma doença, não relaxismo, nem só pura “comilança” ou gulodice, nem mesmo falta de vergonha na cara como sempre vemos as pessoas falarem e pior, postarem.

Ser obeso não é nada fácil, nada mesmo fácil meus amigos. Eu conseguia praticamente arrastar meus quase 170 quilos pela vida. E hoje, que estou pesando 104 quilos, que eu sinto como se tivesse tirado algo imenso de mim – e tirei, não consigo simplesmente ver alguém sofrendo por isso, e não ajudar em nada.

Amigos e amigas reflitam comigo: ninguém e nenhuma pessoa quer ser gorda, imensa, apontada na rua. Sim, as pessoas merecem uma segunda chance e a bariátrica surgiu, com muitos estudos e muita dedicação de médicos para isso. Então, se alguém, que está lendo essa mensagem é obeso ou conhece alguém obeso que precisa de ajuda, eu convido para essa assistir essa palestra.

“Ah, mas eles são médicos particulares e de convênio, eu não tenho condições”. Sim, mas a palestra é grátis e lá você pode aproveitar para aprender e tirar dúvidas. Dr. Cesar Conte e Dr. James Câmara são profissionais capacitados e renomados, fazem esse trabalho de conscientização sobre o tema e isso é muito importante.

“Ah, mas eu não consigo seguir a dieta nutricional”. Eu entendo e sei que talvez a Mariana Corradi, que é a minha nutricionista e nutricionista da equipe não seja a profissional escolhida por você, mas você pode aproveitar e ouvir o que ela tem para falar.

E acreditem, não há nada melhor que perceber que você pode sim mudar a sua vida e dar o primeiro passo para isso. Eu hoje, me sinto outra pessoa, renovada e posso testemunhar a importância que essas reuniões tiveram e tem na minha vida.

Não sou uma defensora perpétua da cirurgia e acredito que só o profissional médico pode direcionar alguém para o procedimento ou indicar outras ações. Ainda assim, que tal dar uma chance a si mesmo?

Nossa reunião tem pacientes, tem profissionais da equipe e tem familiares. Se ela me ajudou, eu acredito que pode ajudar você! Os pacientes mostram antes e depois, falam sobre as dificuldades, as pessoas tiram dúvidas sobre obesidade que talvez você também tenha, e a equipe médica atende aos outros com muito carinho. E você pode se identificar com muitos casos!

Quer se dar essa chance? Me chama no whats: 9235-1404! Será no auditório do Sebrae, quarta-feira (18) às 19h.

No que pudermos ajudar, mais pessoas a terem uma vida melhor, temos que tentar! Quem sabe você não seja o próximo a dividir sua vitória com a gente?

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