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Games

[Análise] Streets of Rage 4 é um jogão do começo ao fim

Ricardo Syozi | 05/05/2020 06:57
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Ah, a nostalgia.

Em tempos atuais, vender o saudosismo é algo fácil e muito aproveitado pela indústria de cultura pop. Do cinema aos games, reviver as memórias carinhosas das pessoas é, normalmente, garantia de boas vendas. Porém, nem sempre a qualidade consegue alcançar as expectativas.

Felizmente, a Lizardcube em conjunto a Dotemu e a Guard Crush Games trouxe uma senhora sequência para Axel, Blaze, Adam, e vários outros em Streets of Rage 4.

Vamos aos fatos: os três primeiros games da série lançados para o Mega Drive são ótimos. É verdade que o terceiro não é o grande destaque, mas todos oferecem muito bem a pegada que o “beat’ em up” pede e merece, além de uma trilha sonora maravilhosa, jogabilidade redonda, e muita diversão. Streets of Rage 4 é tudo isso e mais um pouco. Eu poderia terminar essa análise agora apenas dizendo para você jogar o quanto antes essa pérola.

São 12 fases repletas de inimigos, combos, ótima música, carisma, personalidade, segredos e personagens memoráveis. Nunca antes gostei tanto dos chefes quanto nessa empreitada, além de estudar estratégias para vencê-los. Até mesmo a história - muito mais funcional do que tem a intenção de ser - me interessou do começo ao fim, e estou me referindo a um game de um gênero onde a narrativa é, de longe, o menos importante.

Os protagonistas também são bem bacaninhas, cada um não apenas com seu estilo diferente, mas com uma jogabilidade que os separa e oferece uma pegada para todo tipo de gosto. É verdade que pouco fogem dos “staples” da cultura pop, mas são divertidos de usar e aprender suas características.

A jogatina cooperativa é de enorme relevância em um game do gênero, em Streets of Rage 4 temos a opção de até quatro jogadores correrem para a porrada juntos no sofá ou usando uma conexão online. A minha experiência com a internet não foi das melhores, mas isso poderá ser melhorado em um futuro próximo, já a jogatina offline é pura diversão. Podemos aumentar ainda mais a contagem de combos com movimentos incríveis que nos dá aquela vontade de gravar e postar nas redes sociais tamanho o orgulho. Há o famoso modo batalha para nos enfrentarmos, um modo arcade com um único crédito, e até mesmo um “boss rush” para encararmos todos os chefes da aventura. Dá para notar que aqui as horas de diversão estão garantidas.

Não posso falar de Streets of Rage sem mencionar sua trilha sonora sensacional. São três compositores dessa vez: o nosso ídolo Yuzu Koshiro, Olivier Derivière e Motohiro Kawashima. Uma mistura formidável de faixas eletrônicas e outras mais puxadas pro rock n’ roll. Cada faixa é uma delícia de ouvir, algo bem próximo dos tempos áureos dos arcades da Sega. Destaque para a música da terceira fase, a minha favorita.

Streets of Rage 4 é o pacote completo: muito nostálgico para os fãs, mas que também traz muitas ideias modernas que vai agradar até aquele que pouco ou nunca jogou os primeiros três games. Poucas vezes falo sobre um trabalho primoroso, mas a nova aventura de Axel, Blaze e cia. é digna de ser considerada um dos melhores títulos lançados em 2020.

Se eu desse nota, este jogo teria a melhor possível.

*Análise feita com código cedido pela distribuidora.

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