Casal troca Paraná por Piraputanga e mantém cheio único restaurante do distrito
Há sete anos, Piraputanga ganhou um restaurante com tempero que veio do Sul. Para homenagear a cidade, o lugar foi batizado de “Pirá” pelos paranaenses Elza, de 46 anos e Ademir Cassaro, de 44. A casa é simples, tem decoração tipica de beira de rio e virou atração para turistas de cidades vizinhas, graças aos pratos elaborados com peixe.
Sair de Campo Grande para almoçar no Pirá demora cerca de 1 hora e meia, um passeio que vale pela natureza. Foi justamente esse contato que fez Ademir se encantar pela cidade pacata e deixar o Paraná junto com a família, há dez anos. “Queríamos qualidade de vida, e nos acomodar em um canto”, explica.
Ele conta que quando conheceu a cidade tinha Piraputanga como ponto para a pescaria e passou a frequentar Mato Grosso do Sul apenas para isso. Em um “estalo”, quis mudar de vida, e com o apoio da esposa e dos dois filhos, a família se mudou.
O casal então largou os empregos para começar do zero. Ele era funcionário de uma empresa de telefonia e ela era cozinheira, o que foi fundamental na hora de ativar o novo projeto de vida. “Não tive opção, mas valeu a pena”, brinca Elza.
A família comprou um terreno e aos poucos foi construindo o espaço. As crianças tiveram que se readaptar e estudar em Aquidauana.
Peixes fritos, moqueca, assados na telha, ensopados e com molhos, são especialidades. A herança da descendência italiana é vista no cardápio, mas por conta da fartura. Para afinar a mão, Elza foi fazendo testes até deixar o tempero como queria. “Quando ia a alguma festa, provava e se gostava, refazia até ficar bom”, lembra.
A porção de peixe custa a partir de R$ 39,00, com um “mix” de peixes fritos. Os mais caros saem por R$ 95,00. Todos servem 4 pessoas, mas o cliente também pode pedir meia porção, que serve dois muito bem.
Interior - O celular quase não funciona na cidade, somente em alguns pontos, mas no restaurante, quem não consegue se “desligar” do mundo, tem wi-fi e acesso gratuito à internet.
A contadora Lígia Cândido, de 47 anos e o arquiteto José Cândido, de 55 anos, compraram uma casa em Piraputanga e todos os finais de semana saem da Capital em busca do sossego e com saudade do peixe servido no restaurante.
“Aqui, além da comida que é boa, já chamam pelo nome, criam uma intimidade que em cidade grande não existe”, aponta Lígia.
Uma das opções “favoritas” entre os clientes é o “Filé de pintado ao molho de urucum”, que custa R$ 88,00. O Lado B ensina a receita.
Ingredientes:
1 tomate
1 colher de manteiga
1 colher de urucum
1 litro de leite
1 cebola
1 caixa de creme de leite
200 gramas de camarão limpo
600g de filé de pintado
Mussarela ralada a gosto
Modo de fazer:
Corte em tamanhos pequenos o tomate e a cebola. Em uma panela refogue os dois ingredientes na manteiga. Acrescente 1 colher de urucum, o leite e duas colheres de maisena. Mexa até engrossar e desligue. Acrescente o creme de leite e o camarão. O peixe deve estar pré-frito, mas não ao ponto de ser servido. Coloque o molho por cima do peixe em uma travessa e salpique a mussarela. Coloque no forno por 10 minutos e sirva. A porção serve até 4 pessoas. Elza recomenda que o tempero seja feito conforme o gosto de cada um. Para dar um sabor diferente, ela indica acrescentar orégano.